Prefeituras estudam cancelar aulas a partir desta quinta-feira e empresas de ônibus reduzem número de veículos
Um protesto de caminhoneiros iniciado no início desta semana em todo o país devido ao preço do diesel afeta parte dos serviços públicos em cidades do Norte e Noroeste do Estado do Rio. Prefeituras estudam cancelar aulas e empresas de ônibus já reduzem o número de veículos nas ruas.
A Prefeitura de Campos dos Goytacazes divulgou nesta quarta-feira (23) que a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Smece) avalia a possibilidade de interrupção das aulas nesta quinta-feira (24) em algumas unidades por causa do desabastecimento de água e prevê ainda que poderá ter problema com o fornecimento de alimentos destinados à merenda escolar.
O município informou também que a maior preocupação da Secretaria de Saúde é com o abastecimento das ambulâncias por conta da falta de combustíveis nos postos.
O consórcio de empresas de ônibus Planície, que possui o maior número de linhas em Campos, incluindo parte do subdistrito Guarus e a Baixada Campista, divulgou que reduziu o número de veículos circulando nas ruas na tarde desta quarta.
O Grupo Barcelos, responsável pela maior rede de supermercados do Norte e Noroeste, explicou que já está com problemas no abastecimento dos setores de hortifrutigranjeiros, açougue e laticínios.
Em São Francisco de Itabapoana, o poder público disse que já está estudando a possibilidade de suspensão temporária de alguns serviços. A Prefeitura informou que o estabelecimento comercial que fornece combustíveis ao município está com o estoque mínimo, podendo acabar a qualquer momento.
"Caso a paralisação continue, a Secretaria de Educação poderá informar o cancelamento das aulas, bem como a Secretaria de Transporte, que terá suas atividades normais interferidas, consequência direta da greve", divulgou a Prefeitura em nota.
O município disse ainda que os serviços essenciais ligados ao Resgate Municipal e às ambulâncias da Secretaria de Saúde serão priorizados.
A Prefeitura de São João da Barra trabalha com o sistema licitatório de pregão para abastecimento de combustíveis, portanto, se os postos vencedores vierem a ter problemas no fornecimento, a prefeitura automaticamente poderá enfrentar dificuldades no abastecimento da frota.
Segundo o município de São João, um monitoramento com os fornecedores está sendo feito para avaliar esse risco e priorizar os serviços essenciais, caso seja necessário.
Em Itaperuna, maior cidade do Noroeste Fluminense, a Viação Santa Lúcia, única que opera no município, informou que retirou das ruas as oito linhas extras entre os horários de 10h e 16h.
A empresa disse que o combustível em estoque está baixo e essa medida vai seguir até que a situação se regularize.
Por G1, Campos dos Goytacazes
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