Prefeito fez cinco disparos; Teste do bafômetro deu positivo para a ingestão de bebida alcoólica
O prefeito de Brejetuba, João do Carmo Dias (PV), também conhecido como João Lourenço, foi preso na noite deste domingo após atirar cinco vezes contra um ônibus que se recusou a parar em um ponto de bloqueio da greve dos caminhoneiros na BR 262. O crime aconteceu por volta das 19h, no Trevo de Brejetuba. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o prefeito fez o teste do bafômetro, que acusou que ele estava embriagado.
De acordo com a Polícia Civil do município, João Lourenço estava com amigos participando do protesto dos caminhoneiros, quando se irritou com um ônibus que não parou no ponto de bloqueio. Neste momento, o prefeito sacou uma pistola calibre 380 e efetuou cinco disparos. Após os tiros, ele entrou em seu veículo e seguiu para o Centro de Brejetuba.
Lá, ele pegou um outro revólver, de calibre 38, e voltou para a manifestação. Ao chegar no local, por volta das 22h, os próprios caminhoneiros teriam retirado a arma de João Lourenço e chamado a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que o algemou e o levou até a Delegacia de Venda Nova do Imigrante.
De acordo com a PRF, o prefeito apresentava sinais de embriaguez. Ele fez o teste do bafômetro e foi constatado que estava com 0,53 mg/l de álcool no sangue. O revólver de calibre 38 foi encontrado no veículo de João Lourenço. A arma estava com o registro vencido desde 2012.
AUTUADO
Segundo o delegado plantonista de Venda Nova do Imigrante Rafael Pereira Caliman, o prefeito foi autuado por disparo de arma de fogo em via pública e embriaguez ao volante. Nenhuma pessoa foi atingida pelos disparos.
"Ainda não é possível saber qual foi o motivo que o levou a atirar contra o veículo. O que se sabe é que ele estava na manifestação, fez os disparos e que estava embriagado. Testemunhas confirmaram que ele dirigiu até o local do protesto, com o seu carro, já embriagado. Durante o depoimento, ele preferiu ficar em silêncio", afirmou o delegado.
O prefeito está preso na Delegacia Regional de Venda Nova do Imigrante. Como tem foro privilegiado, o caso será analisado pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES).
PREFEITURA
Por meio de nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Brejetuba informou que o prefeito foi ao local do protesto "a fim de prestar seu apoio irrestrito ao movimento, ocasião em que ocorreu um desentendimento entre os grupos de apoio e contrários".
Segundo a prefeitura, "diante dos desentendimentos, a polícia foi acionada, tendo conduzido os envolvidos à delegacia de Venda Nova do Imigrante para prestar informações". A prefeitura acrescentou ainda que aguarda "a apuração dos fatos pelas autoridades competentes".
Gazeta Online
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