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quinta-feira, 31 de maio de 2018

ADESÃO PARCIAL DOS PETROLEIROS DA BACIA DE CAMPOS NA GREVE NACIONAL


Foto:Divulgação/Ururau
Os petroleiros da Bacia de Campos estão aderindo a Greve Nacional de Advertência, de 72 horas, deflagrada à 0h desta quarta-feira (30/05), em todo o país. Até às 11h de hoje, 22 plataformas já haviam aderido ao movimento grevista, destas, seis estão totalmente paralisadas.
"A gente está com as plataformas bem mobilizadas. Os trabalhadores que iriam embarcar hoje, quase que em sua totalidade, não embarcaram. A gente está fazendo um trabalho nos aeroportos para as pessoas aderirem à greve", disse o coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), Tezeu Bezerra. 
Nas bases administrativas de Macaé, muita gente não foi trabalhar. Em Cabiúnas, também no setor administrativo, não foi ninguém. Pessoal de turno - que mantém as operações - as pessoas aderiram ao movimento, entretanto, a greve para esses funcionários é feita de forma diferente, sem afetar a produção.
Na base da Petrobras de Imboassica (Parque de Tubos), diretores realizaram um ato com os trabalhadores do administrativo, que durou até às 10h30. No final da tarde desta quarta-feira (30/05), a diretoria do NF irá se reunir para fazer uma avaliação geral do movimento.
"Essa é uma greve de advertência e não tem o intuito de parar a produção. A nossa greve mesmo grande vai ser agora na metade do mês de junho. Essa [paralisação de hoje] é só um esquenta em todo o Brasil", informou o coordenador.
EMBARQUES
O Sindipetro-NF orienta os petroleiros e petroleiras, que têm embarques marcados neste período de greve, que compareçam nos dias e horários marcados para o voo. Nos aeroportos de Campos, Macaé e Cabo-Frio, assim como no Heliporto do Farol de São Thomé, a categoria será recebida por diretores e diretoras do sindicato.
A orientação é para que os trabalhadores contribuam, nos locais de embarque, com o trabalho de conscientização e convencimento acerca da importância desta greve de 72 horas, especialmente neste momento em que a paralisação petroleira sofre ataques jurídicos e da mídia.
"Precisamos mostrar toda a nossa força, não podemos vacilar. Nós, petroleiros e petroleiras sabemos da legitimidade do nosso movimento, que vínhamos construindo há muito tempo, e da justiça das nossas reivindicações", afirma o coordenador do NF, Tezeu Bezerra.
SOBRE A GREVE 
O movimento iniciado à meia noite desta quarta-feira seguirá até às 23h59 de sexta-feira (1°/06). Os petroleiros exigem a redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis, a manutenção dos empregos e retomada da produção interna de combustíveis; o fim da importação da gasolina e outros derivados de petróleo; e o fim da privatização e desmonte do Sistema Petrobrás e a demissão do Pedro Parente da Presidência da Petrobrás.
A escalada dos preços dos combustíveis a níveis jamais vistos no país é consequência do desmonte feito pelo atual presidente da Petrobrás, Pedro Parente, ao administrar a empresa para atender aos interesses do mercado, sem qualquer compromisso com a população e o Estado brasileiro. Por isso, os petroleiros exigem sua saída imediata do comando da petrolífera.

Ururau

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