O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou essa semana pesquisa que apontou o crescimento de 18,8% da população com 60 anos ou mais, entre os anos de 2012 e 2017. Em Niterói, a terceira idade também está no auge da qualidade de vida, com 17% dos moradores acima dos 60 anos. Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal do Idoso, que estima que os idosos respondam por 25% da população niteroiense até 2027.
A aposentada Cleusa Silva, de 77 anos, ressaltou a felicidade do momento que vive. “Tenho seis bisnetos e muita qualidade de vida. Faço minha caminhada todos os dias na Praia de Icaraí e quando quero ainda jogo um pouco de carta nesse ambiente, que é maravilhoso. Isso me faz querer viver cada vez mais e ainda por cima distrair a minha cabeça”, comentou.
O comerciante Pedro Campos, de 58 anos, ressaltou a atividade física e a boa alimentação como fatores principais para favorecer quem está chegando à terceira idade. “Eu preciso fazer exercício e me alimentar bem, tomar uma boa água de coco e encaro isso como uma educação para o corpo e para alma. Nada melhor nessa vida do que respirar ar puro”, frisou.
O secretário Beto Saad explicou que Niterói tem hoje 86 mil idosos, ou seja, 17% da população. Destes, 20 mil vivem em Icaraí. A pesquisa do IBGE pontuou que o aumento da população idosa evidência o envelhecimento gradativo. Os dados indicam, ainda, que a população, ao manter a tendência de envelhecimento dos últimos anos, ganhou 4,8 milhões de idosos desde 2012, superando os 30,2 milhões em 2017. Em 2012, os brasileiros com 60 anos ou mais eram 25,4 milhões. As mulheres são maioria expressiva neste grupo, com 16,9 milhões (56% dos idosos), enquanto os homens idosos são 13,3 milhões (44% do grupo).
“Isto ocorre por vários fatores. Em primeiro lugar, pelo aumento da expectativa de vida da população – as pessoas estão vivendo mais até pela melhoria na questão do saneamento básico e nos tratamentos de saúde disponíveis -, detalhe aliado às mulheres. Elas estão tendo menos filhos, o que é possível perceber nos últimos anos pela redução da taxa de fecundidade”, afirmou Maria Lúcia Vieira, responsável pelo estudo do instituto.
A Tribuna/RJ
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