Foto: Rodrigo Gavini
Para evitar que uma nova greve atinja o País, os caminhoneiros exigem que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) reajuste o preço da tabela mínima de frete na mesma proporção do aumento do diesel, que sofreu uma alta média de 13% nas refinarias.
Segundo um dos representantes no Estado do último movimento dos caminhoneiros, que aconteceu em maio deste ano, Wagner Campos Martins, a classe vai buscar as exigências com base na lei 13.703, sancionada no começo do mês passado, pelo presidente Michel Temer.
“Temos o respaldo da lei. Ela é bem clara quando diz que, toda vez que houver um aumento nos combustíveis acima de 10%, a tabela também deve ser ajustada na mesma proporção”, disse.
Porém, apesar da solicitação dos caminhoneiros, a lei pode não ser aplicável para este aumento, que é o primeiro após a greve. Isso porque, apesar da alta média de 13% nas refinarias, o valor de repasse às bombas deve ser de 7%, não chegando à margem de respaldo da lei.
De acordo com Wagner, na próxima semana haverá uma reunião com representantes dos caminhoneiros e da ANTT, onde esperam que a nova tabela de frete, com os valores já reajustados, sejam liberados. “A agência tem por obrigação soltar um novo piso. No dia 12 deste mês haverá outra reunião em Brasília e, se não houver acordo, aí sim vamos decidir a direção a ser tomada”, contou.
A direção citada pelo profissional poderá ser uma volta da greve, que segundos movimentos da categoria, não está descartada.
Em nota, divulgada na noite da última sexta-feira (31), a União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC) afirmou que será realizada uma mobilização em todo o País após o feriado de 7 de setembro e por tempo indeterminado.
Já a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), entidade que representa motoristas autônomos, afirmou que pretende se reunir com o governo para discutir o tema e que “fará o possível para evitar nova paralisação” da categoria.
A Tribuna
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