Foto: Roberta Bourguignon/AT
“Se não tiver 500 reais na conta, vamos voltar e matar todo mundo”. A ameaça foi feita por bandidos encapuzados que amordaçaram e amarraram cinco pessoas da mesma família em um assalto num sítio na região de Amarelos, zona rural de Guarapari, na quinta-feira.
Quatro assaltantes, entre eles uma mulher, que parecia ser adolescente, mantiveram a família refém por quase cinco horas. Eles fugiram levando televisão, celulares, ventilador, amostras de perfumes, e o cartão de uma das vítimas, que possuía cerca de R$ 500 no banco.
Uma das vítimas, de 27 anos, contou que, por volta das 14h30, os cachorros não paravam de latir e ela decidiu ir ver o que estava acontecendo. “O cachorro estava latindo muito próximo ao portão. Quando eu coloquei a mão na porteira, um homem já estava com a arma na minha cabeça”, relembrou.
O criminoso estava acompanhado de uma mulher, que a vítima não conseguiu ver direito. O assaltante ordenou que a moradora fosse para dentro de casa e a agrediu com uma coronhada na cabeça.
“Ele foi me empurrando para dentro de casa e o avô do meu marido estava logo na porta. Eles pediram que ele se deitasse, mas ele ficou muito nervoso e não entendeu o que eles pediram. Eles deram uma coronhada com o revolver na cabeça dele, e ele ficou ainda mais desnorteado. Saiu muito sangue na hora”, disse.
Dentro da casa estava uma senhora de 72 anos. As três vítimas foram amordaçados e tiveram os pés e as mãos amarrados. Elas ouviram diversas ameaças e pedidos por dinheiro. Os criminosos anunciaram que, se não encontrassem dinheiro, matariam todos.
A casa foi totalmente revirada durante algumas horas. Todos os armários e guarda-roupas foram esvaziados a procura de dinheiro. Sem encontrar nenhuma quantia, os criminosos resolveram esperar que os sogros da jovem de 27 anos chegarem.
Após também ser rendido, o sogro entregou o cartão do banco com as senhas. Os bandidos foram embora, mas, antes, disseram que voltariam e matariam todos se não houvesse dinheiro na conta. Minutos depois, as vítimas conseguiram se soltar e pedir ajuda.
A Tribuna
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