Nos bastidores da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) já começou a articulação de parlamentares veteranos que foram reeleitos para barrar uma possível presidência do PSL. A legenda do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, conseguiu formar a maior bancada da Alerj: foram 13 novos deputados eleitos. Os dois únicos atuais representantes da sigla não estarão mais no Palácio Tiradentes em 2019 — Flávio Bolsonaro foi líder de votos para o Senado, e Silas Bento não participou do pleito.
A costura política já levanta alguns nomes para ocupar o posto de chefe do Legislativo fluminense: o atual presidente em exercício, André Ceciliano (PT), é bem cotado; assim como André Corrêa, do DEM. O acordo será definido após o segundo turno para governador.
Na hipótese de eleição de Wilson Witzel (PSC), André Ceciliano ganha muito mais força. O petista é bem visto por colegas, e já iniciou conversas para formar uma composição. E caso Eduardo Paes (DEM) consiga driblar o número expressivo de votos do adversário, o caminho será facilitado para André Corrêa.
Partido do ex-juiz Federal, o PSC teve dois deputados reeleitos: Márcio Pacheco e Chiquinho da Mangueira. Aliás, animado com o desempenho de Witzel, Pacheco também demonstrou interesse em disputar a presidência da Alerj e procurou alguns parlamentares. No entanto, o entendimento da maioria dos deputados da Casa é de que a legenda formará um bloco com o PSL e há um certo "receio" desse movimento devido a "discursos de intolerância" de alguns representantes do PSL.
A Alerj terá 51% de renovação na próxima legislatura: 34 foram deputados reeleitos e 36 começarão seu primeiro mandato. Além disso, haverá 12 mulheres — 33% a mais em relação à representatividade feminina atual da Casa. Alana Pessoa, do PSL, foi a campeã de votos entre as mulheres e a terceira no geral.
Paloma Savedra/O Dia/Foto: Daniel Castelo Branco
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