Maria da Penha, de 65 anos, foi surpreendida enquanto trabalhava na madrugada desta quinta (27), em Itaperuna, no RJ. O ex-companheiro confessou que matou por ciúmes e vai responder por feminicídio, afirma a polícia
Uma aposentada e catadora de latinhas, que tem o mesmo nome da Lei Maria da Penha, morreu após ser surpreendida pelo ex-companheiro enquanto trabalhava na madrugada desta quinta-feira (27) em Itaperuna, no Noroeste Fluminense.
Maria da Penha, de 65 anos, levou golpes de facão na cabeça e no rosto mesmo tendo recorrido à Lei e conseguido uma medida protetiva há cerca de um mês.
Ademir Santos, de 61 anos, foi preso em flagrante no fim da manhã desta quinta no bairro Lions, no distrito de Boa Ventura, e confessou que cometeu o crime por ciúmes, segundo a polícia. Pela Lei, ele tinha que manter uma distância de 300 metros da ex-mulher.
A vítima conseguiu pedir socorro e foi encontrada sentada na calçada, ensanguentada, e com corte no rosto e atrás da cabeça. Ela chegou a ser encaminhada pelo Corpo de Bombeiros ao hospital São José do Avaí, mas não resistiu.
“Militares foram acionados por uma testemunha que ouviu os gritos da vítima e a encontrou em frente à própria residência com ferimentos graves na cabeça”, disse a Polícia Militar.
Maria da Penha se separou há um mês, após 15 anos de relacionamento.
“Peço que as mulheres que apanham dos companheiros não tenham medo de denunciar. Hoje eu perdi minha avó e o sentimento é de muita dor. Ela apanhou já no quarto mês da relação”, revelou a neta, Julyanna Veiga, inconformada.
Segundo o delegado titular da 143ª Delegacia de Itaperuna, Sérgio Santana, vai responder por feminicídio.
Na casa do suspeito, agentes das polícias Militar e Civil encontraram o facão usado no crime, uma bicicleta e as roupas sujas de sangue.
Campos em Foco
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