Foto:Polícia Civil
A equipe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher (Div-Deam) realizou nessa terça-feira (25), a 4ª edição da “Operação Marias”. A ação ocorreu em 14 cidades e resultou na prisão de 40 homens que praticaram crimes contra a dignidade sexual das mulheres ou crimes resultantes de violência doméstica e familiar. Também foram apreendidas uma arma calibre 32, 13 munições do mesmo calibre e cinco munições de calibre 38.
A ação envolveu 88 policiais civis, distribuídos em 25 viaturas, e contou com apoio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Aracruz, da Coordenadoria de Ações Especiais (Core), Superintendência Interestadual de Capturas (Supic), além de policiais militares do 5º Batalhão do município.
“Essa ação tem por fundamento a prevenção dos crimes de feminicídio, agressão, violência doméstica e todos os crimes cometidos contra a mulher. As pessoas precisam entender que o crime não compensa e que se ela o praticar, será devidamente punida pelo Estado”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda.
A titular da Divisão, delegada Claudia Dematté explicou que a “Operação Marias 4” é uma continuidade da operação que a Deam já vem realizando ao longo desse ano. “Somente neste ano, nós já efetuamos a prisão de 119 homens agressores de mulheres. Esta fase foi o melhor resultado que obtivemos de todas. Na primeira foram efetuadas 26 prisões de homens agressores de mulheres. Já na “Operação Marias 2”, foram 13 prisões. Na terceira etapa nós efetuamos a prisão de 26 homens que praticaram crimes contra mulher”, disse.
Ela lembrou ainda os resultados alcançados pela “Operação PC 27”, realizada nacionalmente este ano. “Nessa operação nós conseguimos tirar de circulação 14 homens que praticaram crimes contra a mulher”, informou.
A chefe da Deam afirmou que o combate a violência contra a mulher é uma das prioridades do governo do Estado do Espirito Santo, da Secretaria de Segurança, da PC e da Divisão. “Na ação de hoje, nosso objetivo foi de orientar que mulheres não aceitem qualquer tipo de violência. Que podem ser, física, moral, psicológica acarretando em crimes graves. Muitas mulheres são agredidas ou, infelizmente, tem suas vidas ceifadas só por serem mulheres”, declarou.
Cláudia Dematté destacou uma das prisões da operação. “ A vítima conviveu com o agressor por mais de cinco anos e tem um filho desse relacionamento e, de acordo com algumas informações, o suspeito não aceitava que a vítima trabalhasse. Ele desrespeitou o pedido de medida protetiva, foi até a vítima e chegou a jogar R$ 2 mil em espécie nela, alegando que ela não precisava trabalhar. Tendo em vista o local de difícil acesso e a periculosidade do agressor, nós tivemos o apoio da Core para cumprir esse mandado de prisão”, relatou.
Já em outro caso, ocorreu uma tentativa de feminicídio, a vítima teria terminado o relacionamento e estava morando com outra pessoa. “Inconformado, o autor dos fatos disse que se ela não continuasse com ele, não ficaria com mais ninguém. Ele foi de madrugada na casa onde ela estava morando com o atual companheiro e a filha de 3 anos e cortou a fiação da casa. O detido entrou na residência e desferiu vários golpes de facão na mulher e também atingiu o companheiro e a criança. Após as vítimas irem atrás de socorro, ele também destruiu vários pertences da casa e depois fugiu”, contou.
Durante a operação, os policiais cumpriram vários mandados de prisão pelos crime de estupro. “Nós tivemos apoio da Deam de Aracruz para efetuar prisões. Em uma delas, duas adolescentes de 13 anos foram vítimas de estupro de vulnerável. Sendo que as mães dessas adolescentes foram presas por estupro, tendo em vista a omissão do crime. Em outro caso, uma mulher presa por exploração sexual, porque facilitou que esses abusos ocorressem, além da prisão do homem que cometeu os abusos”, narrou.
Criada no ano de 2018, a Divisão Especializada de Atendimento à Mulher (DIV-DEAM) conta com 20 delegadas. Desde a sua criação, já realizou diversas operações policiais visando dar cumprimento à mandados de prisão e busca e apreensão em desfavor de homens que praticaram algum tipo de violência contra a mulher. Ao todo, foram detidos 240 homens agressores durante essas ações.
Além disso, no ano passado, as delegacias especializadas de atendimento à mulher realizaram 1.109 prisões em flagrante de homens que praticaram violência contra a mulher.
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