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sexta-feira, 26 de julho de 2019

CELSO LOUREIRO E A SAUDADE QUE SE INICIA


A saudade de Celso Loureiro Pereira teve início hoje.
Colaborador do jornal O Norte Fluminense, nasceu no dia 22 de julho de 1922, no distrito de Ponte do Itabapoana, município e comarca de São Pedro do Itabapoana (ES), hoje comarca de Mimoso do Sul.
Seus pais foram Mário Loureiro Pereira, coletor estadual nascido em Guarapari (ES), e Maria da Conceição Loureiro,Vó Mizinha, de Barra do Itabapoana.
Passou a infância em Ponte do Itabapoana. Após a Revolução de 30, seu pai foi transferido para a então vila Bom Jesus do Norte, pertencente à comarca de São José do Calçado (ES), e aí Celso conclui o curso primário.
Em seguida, seu pai matricularia Celso e seu irmão Onaldo no Colégio Bittencourt, em Campos dos Goytacazes (RJ), onde cursa até a 4°. série do ginasial, transferindo-o em seguida para o Colégio Rio Branco, em Bom Jesus do Itabapoana (RJ), onde se formou Bacharel em Ciências e Letras.
Em 1940, foi agente recenseador. Ingressou por concurso público no Banco do Brasil S.A. na cidade de Caratinga - MG, em 16 de julho de 1943. Em 25 de dezembro desse mesmo ano celebra noivado com a professora Sylvia Fragoso de Oliveira, hoje Sylvia de Oliveira Loureiro.
Transferido para o Rio de Janeiro, casa-se em 24 de janeiro de 1946. Transferido de volta para Bom Jesus do Itabapoana, aí fixa residência e nascem os filhos: Celma, Eliane, Celso, Ricardo e Sylvia. 
No Banco do Brasil, trabalhou como contador, administrador gerente e inspetor. Com a criação do Banco Central do Brasil, a convite do presidente Dr. Ernane Galvêas, assume o comando da delegacia federal do banco em Belo Horizonte, tendo sob sua jurisdição Minas Gerais, Goiás e Espírito Santo.
Em 1980, a convite do então Ministro Amaury Stábile, assume a Diretoria e depois a Delegacia Federal do Ministério da Agricultura em Belo Horizonte.
Exerceu a Presidência do Banco Nacional de Crédito Cooperativo - BNCC, em Brasilia-DF, nomeado pelo então Presidente da República João Baptista Figueiredo. Advogado pela Faculdade Milton Campos, ainda atuou como autônomo em processos diversos. Aposentado, dedicou-se ao outro e melhor lado da moeda: a sua família.
Na juventude de seus quase 94 anos de idade, Celso publicou o livro "O Outro Lado da Moeda", recheado de casos e reminiscências, que passou a vida contando à mesa de refeições da família. Trata-se de uma celebração do espírito jovem e realizador do autor, num tempo muito especial de sua vida.
Segundo sua esposa Sylvia de Oliveira Loureiro, " ...temos em nosso jardim duas mangueiras plantadas por meu pai há trinta e seis anos. Cresceram juntas, criaram raízes profundas e ergueram os troncos para o alto até suas folhagens lá em cima se confundirem e se tornarem uma só. São elas o nosso símbolo: meu e de Celso. E rogamos a Deus que proteja nossos transfigurados para que não se desviem nunca dessa linha reta para o alto, traçada por essas duas árvores... Eu sempre roguei a Deus para que nossas crianças sejam sempre: fortes e sadias de corpo, inteligentes de espírito, nobres de caráter e sobretudo puras de coração..."
Celso Loureiro foi o que poderíamos nominar de testemunho mais eloquente do valor sagrado da família. Ele nos deixa, com seu exemplo de vida, esse grande legado, além de uma imensa saudade...

O Norte Fluminense

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