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terça-feira, 9 de julho de 2019

HISTÓRIAS DA NOSSA TERRA: O CLUBE DA USINA SANTA ISABEL




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Todos os eventos era no Grupo Escolar, a comunidade não tinha um clube. Com a produção do açúcar indo de vento em popa, os dirigentes da Usina Santa Isabel construíram um galpão, para que esse açúcar pudesse ser estocado. O armazém principal não dava conta. No local onde foi construída a fábrica de papel, tinha uma quadra onde era praticado o basquete, vôlei e a rapaziada da usina competiam na região. Mas havia a necessidade de um clube, afinal houve bailes memoráveis com Zezé Barbosa e seu Conjunto, com Cícero Ribeiro entre muitos que tocavam nos principais clubes campistas.
O Sr. Carlos Alberto Pereira Pinto era presidente do Aero Clube, o principal clube do município, onde a sociedade se reunia para os grandes eventos. Procuraram o Sr. Carlos Alberto e convenceram a ele que não ficava bem, sendo ele presidente do Aero e na sua Usina sem ter um clube.
Sensibilizado reuniu com a comunidade e disse que o local onde estava programado para guardar o açúcar excedente, ele adaptaria e entregaria a administração a direção do Santa Isabel F.C, que além de gerir o futebol , ficaria também com a parte social. A direção tinha o Terson Moulin como Presidente, Delicério Ribeiro como Vice e como Diretores José Luiz Rezende e Vanderley Peçanha de Souza.
Autorizada, a equipe da carpintaria entrou em ação e deu o retoque necessário, criando os espaços para o palco, a divisão da bilheteria com a entrada, cabendo ainda a construção dos banheiros. Foram convidadas várias moças para ajudarem no quadro social e mostrar que nos bailes era necessário o comportamento exemplar. No início houve desconfiança, perguntavam: será que é para discriminar, quem poderia frequentar o clube? O clube é de todos, respondiam os diretores, é da comunidade de Santa Isabel.
Grandes bailes aconteciam, rivalizando com os clubes da região. Na usina tinha uma rapaziada que tocavam bem. Um conjunto que tinha Acacinho, ¨Tião Coelho, Heraldo Ferreira, Carlos Braga, Onofre entre outros. Bailes constantes animou os desconfiados \ aderirem ao quadro social.
Estava em Bom Jesus a convite do Aero Clube o artista plástico e professor Délio Porto, foi contratado para fazer a decoração do Clube de Bom Jesus. Terminada a tarefa na cidade o Sr. Carlos Alberto levou o artista para decorar o clube da usina, estava empolgado. Após várias discussões, chegou-se a conclusão que as pinturas deveriam ficar para sempre, surge mais uma dúvida: qual o tipo de pintura? Clássica ou corriqueira da comunidade? Sanada mais essa questão optou-se para que fosse retratado o dia a dia de Santa isabel e após o trabalho do mestre que encantava as pessoas que visitavam o local, ficou eternizado: o músico com o seu saxofone, a dona de casa, a atleta, a camponesa na sacada, a baiana com o seu tabuleiro, o dançarino e o trabalhador.
No clube foram realizados grandes eventos, como a coroação da rainha e suas princesas, as reuniões políticas, os grandes carnavais. O Clube de Santa isabel era frequentado pela comunidade e os amigos do Vale do Itabapoana. Os anos de 1960 foi o apogeu dos grandes eventos na Usina Santa isabel.
*A revitalização do Clube teve o apoio do Jornal O Norte Fluminense e do Espaço Cultural Luciano Bastos (ECLB). O evento foi no dia 30/07/2017.
Extraído do livro: Usina santa isabel, Jamais Esquecida.

Blog do Jailton da Penha JDP/Fotos: Blog do Jailton da Penha

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