A cada dois dias, o RJ transporta um órgão pelo ar, numa parceria entre SES e Corpo de Bombeiros
O céu é o limite para salvar vidas. O Programa Estadual de Transplantes da SES-RJ, com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro, atingiu no último sábado (20/07) a marca de 100 órgãos transportados por helicópteros em 2019. Com isso, o Estado alcançou a média de um órgão para transplante pelos céus do RJ a cada dois dias. O voo que transportou, por helicóptero, o centésimo e centésimo primeiro órgãos de 2019, dois rins, saiu de Campos dos Goytacazes e, uma hora e dez minutos depois, pousou no Rio de Janeiro, percorrendo mais de 300km.
“Nesse tipo de cirurgia, cada minuto faz diferença para que o órgão seja levado do doador para o receptor, pois quanto mais curto for o tempo entre a retirada do órgão do doador e o seu implante no receptor, maiores são as chances de um bom resultado no transplante. Em áreas metropolitanas, o transporte aéreo garante a agilidade necessária para o procedimento. Destaco também nessa ação a parceria entre os órgãos do governo, iniciativas que ganham cada vez mais importância nesse governo”, diz o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos.
A parceria entre o Grupamento de Operações Aéreas do CBMERJ e o PET existe desde 2016, ano em que 17 órgãos foram transportados por helicóptero. No ano seguinte, foram 64; e em 2018, 105. Em 2019, de janeiro até este domingo (21/07), 103 órgãos já foram transportados por esse tipo de aeronave. “É uma honra para o Corpo de Bombeiros do Rio auxiliar este projeto e alcançar um aumento de mais de 500% de órgãos para transplantes transportados por helicópteros operados pela corporação, comparando 2016 e 2018. E, este ano, já atingimos quase a mesma marca de todo o ano passado”, ressalta o secretário de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Roberto Robadey.
Desde sua criação, em 2010, o PET já realizou mais de 15 mil transplantes, fazendo com que o Rio saísse dos últimos lugares do ranking nacional para ocupar as primeiras colocações no país. Hoje, o PET realiza captação e transplante de coração, fígado, rim, medula óssea, osso, pele, córnea e esclera (membrana que protege o globo ocular). No primeiro semestre de 2019, os números chegaram a 378 transplantes de órgãos sólidos.
“Em nove anos de PET, quadruplicamos o número de doadores de órgãos e queremos crescer esse número ainda mais. Até hoje, nosso maior desafio é o contato com a família, num momento tão delicado. Por isso, capacitamos frequentemente nossas equipes para a abordagem dos familiares e ressaltamos o quanto é importante cada um de nós declarar se é doador de órgãos ainda em vida. Legalmente, o procedimento de transplante só pode ser feito mediante autorização dos parentes”, explica o coordenador do PET, Gabriel Teixeira.
SFnoticias/foto ilustrativa
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