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sexta-feira, 2 de agosto de 2019

USINA SANTA ISABEL JAMAIS ESQUECIDA - PARTE 4

A imagem pode conter: céu, nuvem, planta e atividades ao ar livre
Foto/Arquivo

Continuação...
Santa Isabel das pessoas que tinha luz da geladeira, quem tinha condições de adquirir o eletrodoméstico tinha energia elétrica 24 horas por dia, mas o Toninho Machado e o Jair Concha possuíam luz do Espírito Santo.
Com o passar do tempo algumas famílias iam adquirindo televisão e lá no Toninho Machado era nos finais de semana. A novela Jerônimo o Herói do Sertão fazia sucesso na sua versão para a TV e as casas da Dona Margarida do ‘Seu”Deco, Bazeca, Maria do Jair Concha, Mamau, entre outras, dava uma “colher de chá” para que pudessem ser assistidos os programas televisivos, abriam-se as portas, janelas, sentava-se na sala e não perdia nada, além das novelas e dos programas de entretenimento, tinha os seriados do Bonanza e do Homem de Virgínia, bons tempos.
Essa é a Santa Isabel que a cada inicio de moagem, promovia-se nas Fazendas um concurso para saber quem cortava mais cana, era um concurso com os representantes da Fazenda Santa Isabel, Santa Terezinha e São Jorge, normalmente quem levava de lambuja era a Nenzinha do Ari Carreiro.
Comunidade de muita musicalidade, destacava-se entre muitos: Tião Moura, Onofre, Geraldinho, Tatu Almeida, Carlos Braga, Acacinho, Heraldo Ferreira. Na casa do vovô da Penha era uma festa quando reunia esse grupo que contava com a presença do Dr. Jaime Figueiral e os boleros sendo interpretados pela filhas do “Seu” Manoel da Penha. Essa musicalidade era comum na Comunidade que tinha váriuos problemas, mas eram superados com muita música.
Outros pediam a quem tocava e convidava o Devanir Maachado para cantar nas serestas, dando uma força para facilitar uma conquista da mulher amada, gostava op Devanir de imitar o Adilson Ramos. Baile com sanfona ou um forrozinho, não tinha muito Ibope, mas o Sebastião Torresmo animava a rapaziada, todo o final de semana com a sua sanfona de oito baixos, confesso:”Dá uma saudade danada da minha querida Usina Santa Isabel, Jamais Esquecida”.
Santa Isabel dos artistas, poetas e poetisas. Terra de Vicente das neves, o Zé Vicente do Osvaldo Prego, um dos maiores compositores de Samba-Enredo, durante muitos anos compondo para a Escola de Samba Unidos da Tijuca. Vicente das Neves com sambas antológicos como: A Tijuca Apresenta Nelson Rodrigues Pela Buraco da Fechadura; Guanabaran, O Seio do Mar; E o Borel Descobriu Navegar foi Preciso; Cama,Mesa e o Banho de Gato; O Dono da Terra e muitos outros. Santa isabel de Mestre Alfredo, o Alfredinho da Dona Neném autor de Tempestade de Amor;Tempo sem Dono
Santa Isabel de Paulinho Rezende, na comunidade chamado de Paulinho do “Seu” Eduardo, uma dos maiores poetas da Música Popular Brasileira, autor de mais de 800 sucessos como: Seu Balancê; Uma Nova Mulher; Meu Ébano; Nuvem de Lágrimas; Dez a Dez; Maria da Penha; Somos Assim; Cristal Quebrado, Moleque Atrevido; Pelo Amor de Deus; Morte de um Poeta; Meu Mel, Meu Brasil, 500 Anos, A Loba. Caberia em outro livro só dedicado a Paulinho Rezende.
Santa Isabel do Reverendo Geraldo Geremias, o Geraldo do “Seu” Tininho, um dos mais requisitados palestrante Batista do País, do Ademir do “Seu” Altivo, Gilmar do Tito que levam a palavra de Deus a milhares de fiéis em suas missões.
Santa Isabel de médicos como o Dr. Nivaldo Ribeiro, Nivaldo do “Seu” Delicério, Dr. Antonio Carlos Pereira Pinto, o Junior do “Seu” Antonio Carlos e inúmeros profissionais oriundos da Comunidade. Do Cara de Pau, aquele caminhão adaptado pelo Altivo e Tito, dirigido pelo Tatão teve como origem um ônibus que fazia a linha Usina/Bom Jesus e Vice-versa. Como demorava a “viagem”, passando pela estrada lá no “Seu” Gustavo, na estrada velha. Demorava , apesar de alguns “sustos”chegava e voltava. Depois surgiu a estrada nova, era perigosa devido a velocidade em que os carros transitavam, até chegar o asfalto que teve inicio no Governo Brizola.
Continua...
Extraído do Livro:Usina Santa Isabel, Jamais Esquecida

Blog do Jailton da Penha JDP

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