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quarta-feira, 30 de setembro de 2020

FAMILIARES E AMIGOS SE DESPEDEM DE JOÃO PEIXOTO EM SUPULTAMENTO RESTRITO

 

Foto: Rodrigo Silveira

Sob forte comoção, em cerimônia restrita a poucos familiares e amigos, foi sepultado, na tarde desta quarta-feira (30), no cemitério Campo da Paz, o corpo do deputado estadual João Peixoto. Internado com Covid-19 desde 27 de agosto, o político de 75 anos não resistiu e morreu em decorrência das complicações do coronavírus na manhã desta quarta (aqui).

A filha, Geruza Peixoto Alvarenga, lembrou o legado do político, pai e avô. "Falar do meu pai nesse momento é muito emocionante. Meu pai deixou um legado na política, do qual eu tenho muito orgulho, não só eu como toda a minha família. Um homem íntegro, correto com as coisas dele. A principal qualidade dele como político era a unidade. Ele atendia a todo mundo de uma forma simples e correta, sempre estava com o telefone ligado para atender as pessoas. Ele deixou um legado político muito grande. Não teve nenhuma inimizade no meio político", disse Geruza, que continuou:

--Ele sempre falava o seguinte: ‘O meu adversário hoje, é meu amigo amanhã’. Então ele nunca debatia, as pessoas poderiam falar, mas ele sempre se manteve ético, jamais falava de ninguém. Foi um mandato de vereador e, logo depois, se candidatou a deputado. E, de lá para cá, não parou mais. Ele falava sempre que só iria parar com a vida pública quando Deus lhe chamasse porque enquanto força ele tivesse, estaria atuando na política. Enquanto pai, foi um maravilhoso, um avô que chamavam de babão, um pai que nos ensinou sempre a ter muita responsabilidade, coerência e direcionamento, honrar o nome e ter palavra. Sempre foi o que ele ensinou aos filhos e netos — disse, emocionada.

Companheiro de partido, Jorginho Virgílio falou da lacuna deixada pela morte do deputado. “Eu conheço João Peixoto há bastante tempo, mas tive oportunidade de me aproximar agora no sétimo mandato dele, durante a campanha. Dos 25 vereadores de Campos, eu fui o único que o ajudei e hoje eu sou o único vereador do partido que ele era o presidente estadual e vice-presidente nacional. Minha convivência com o deputado foi muito saudável. A estadia dele na internação atrapalhou um pouco a nossa montagem de nominata porque ele era o grande líder do partido. Fez muita falta até mesmo na hora de escolher a coligação. Sem dúvida alguma, nós perdemos hoje um dos maiores políticos de Campos e do estado do Rio de Janeiro”, disse

Um dos taxistas mais antigos de Campos em atividade, com 59 anos de profissão, Zezinho do Táxi, como gosta de ser chamado, de 84 anos, lembrou a caminhada do amigo na política e da notícia sobre a doença. “Eu fiquei sabendo que ele estava com essa doença maldita pela Folha da Manhã e guardei o jornal pra entregar a ele quando ele melhorasse, mas, infelizmente, eu é que vou guardar e também com a notícia de hoje”, lamentou ele que atuou no Sindicato dos Taxistas e acompanhou as primeiras candidaturas de João Peixoto a vereador.

Folha da Manhã



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