Miracema obteve o melhor resultado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2019 dentre as cidades do estado do Rio de Janeiro. O município alcançou a nota 6.9 nos anos iniciais da rede municipal de Educação e 6.1 nos anos finais, ultrapassando as duas metas projetadas para o ano de 2019. As notas de Campos não foram informadas porque, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o número de participantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) foi insuficiente para que os resultados sejam divulgados. Os dados foram liberados nesta terça-feira (15).
No ranking estadual dos anos iniciais, seguido de Miracema aparece Rio das Ostras com 6.6 e Miguel Pereira com 6.4, empatado com São José de Ubá. Já nos anos finais, o segundo lugar do ranking estadual ficou com Bom Jardim, que obteve a nota 5.9, e o terceiro foi um empate entre Natividade e Porciúncula, com a nota 5.6.
Dentre os municípios da região Norte Fluminense, Macaé é o primeiro da relação nos anos iniciais com a nota 6.3, seguido de Quissamã (6.1), Conceição de Macabu (5.7), São João da Barra (5.5), São Francisco de Itabapoana (5.3), Carapebus (5.1), São Fidélis (4.9) e Cardoso Moreira (4.5). Destas cidades, São Francisco, Carapebus, São Fidélis e Cardoso Moreira não alcançaram a meta projetada para 2019.
Nos anos finais, o ranking do Norte Fluminense ficou assim: Quissamã (5.2), Carapebus (5.1), Macaé (4.8), São Francisco de Itabapoana (4.8), São João da Barra (4.5), Cardoso Moreira (4.3) e São Fidélis (4.1). No resultado dos anos finais apenas Carapebus atingiu a meta projetada para o ano. Conceição de Macabu não obteve média no Saeb para os anos finais.
Já no Noroeste Fluminense, o ranking referente aos anos iniciais ficou da seguinte forma: Miracema (6.9), São José de Ubá (6.4), Itaocara (6.3), Itaperuna (6.3), Bom Jesus do Itabapoana (6.1), Santo Antônio de Pádua (6.1), Cambuci (5.7), Italva (5.7), Natividade (5.6), Aperibé (5.5), Laje do Muriaé (5.3), Varre-Sai (5.3) e Porciúncula (5.2).
Nos anos finais da rede municipal, o resultado foi o seguinte: Miracema (6.1), Natividade (5.6), Porciúncula (5.6), Itaperuna (5.4), Itaocara (5.3), Santo Antônio de Pádua (5.2), Aperibé (4.9), Varre-Sai (4.8), Italva (4.4), Cambuci (4.2), Bom Jesus do Itabapoana (4.1) e Laje do Muriaé (3.7). São José de Ubá não aparece na relação dos anos finais.
Santa Maria Madalena, Italva e Itaocara se destacam na rede estadual
No ranking da rede estadual de Educação, Santa Maria Madalena aparece com o melhor índice (5.4) seguido de Italva (5.3) e Itaocara (5.1). Dos três melhores municípios do estado do RJ, apenas Italva não alcançou a meta projeta para 2019.
Nesta análise, Campos aparece com a nota 3.7 e ocupa a 17ª colocação entre os municípios do Estado, empatado com Angra dos Reis, Araruama, Nilópolis, Niterói e Rio das Ostras. Destas cidades, Campos e Nilópolis não atingiram a meta estipulada para o ano analisado.
Em nota, a Prefeitura de Campos informou que o Ideb é calculado a partir do resultado do Sistema Nacional de Avaliação de Educação Básica (Saeb) e o Índice de Aprovação escolar do Município e que, por falha humana, houve um erro no cadastramento das escolas da rede municipal na época de inscrevê-las para a realização do Saeb, fazendo com que a maioria delas não pudesse participar. Ainda segundo a Prefeitura, o funcionário da secretaria de Educação responsável pelo Processamento de Dados que não realizou o procedimento corretamente e não comunicou o ocorrido a tempo de correção foi afastado.
“Na ocasião, foi feita uma reunião explicando a situação aos diretores das unidades escolares que não participaram. Na época, ainda não havia como mensurar as consequências de um erro pessoal e se esperava que a medida fosse, no máximo, impactar na nota e não impossibilitar sua divulgação. A Smece trabalha desde 2017 de modo a promover um aprendizado efetivo dos estudantes da rede municipal. Entre as ações realizadas estão: o fim da política de aprovação automática na rede municipal, que aumentava a nota final do Ideb, mas prejudicava os estudantes a médio prazo; e o aumento da carga horária de Português e Matemática, de quatro para seis tempos semanais cada, visando melhorar o domínio dos alunos sobre as disciplinas básicas, recuperando a defasagem existente e nivelando à carga horária praticada na rede particular.
São políticas educacionais com resultados a médio prazo, entretanto, alguns frutos já puderam ser colhidos, como a aprovação recorde de estudantes da rede municipal no processo seletivo de ingresso para o Instituto Federal Fluminense (IFF) do ano passado, quando mais de 80 alunos das escolas da prefeitura conquistaram uma vaga na instituição, tendo 10% deles ficado entre os primeiros e terceiros lugares”, diz a nota da Prefeitura.
Folha da Manhã-Foto/Divulgação
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