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quarta-feira, 24 de março de 2021

“VOU MOSTRAR O QUANTO APRENDI NA GRADUAÇÃO NO IFF”, ORGULHA-SE ALUNO DO CTA APROVADO PARA MESTRADO

Aluno com Necessidades Educacionais Específicas, Paulo Henrique Oliveira foi aprovado para o Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Alimentos do IFTM
Paulo Henrique Silva de Oliveira tem muitos motivos para comemorar. Concluir o curso superior é uma conquista almejada por todos os estudantes que ingressam na graduação, mas concluí-lo e logo obter aprovação em um programa de Mestrado é vitória em dobro. O estudante do Curso Superior em Ciência e Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal Fluminense Campus Bom Jesus do Itabapoana foi aprovado para o Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal do Triângulo Mineiro e em breve será aluno do Campus Uberaba.
Orgulhoso de sua trajetória no IFF Bom Jesus, Paulo Henrique afirma que as oportunidades oferecidas pela instituição possibilitaram a formação necessária para dar o próximo passo em sua vida acadêmica, almejado desde o segundo período no CTA. “Sempre tive vontade de fazer mestrado e decidi que faria quando chegasse o momento. Estou muito feliz por ter conseguido essa oportunidade e vou poder mostrar o quanto aprendi na graduação no IFF”, afirma o estudante, que relembra os desafios superados durante o curso.
Bolsista do Núcleo de Apoio à Pessoa com Necessidades Educacionais Específicas (Napnee), Paulo Henrique conta que sua maior dificuldade eram os longos cálculos exigidos em algumas disciplinas. Também não era fácil compreender o conteúdo dos diversos slides, mas com o apoio de um “anjo”, como ele denomina, foi possível aprender e se tornar o profissional capacitado que se considera hoje. O anjo tem nome e sobrenome: Ana Clara Caetano Menditi, aluna do oitavo período do CTA e monitora do discente.
Ana Clara foi aprovada no processo seletivo do Napnee para ser a monitora de Paulo Henrique e o acompanhou em todas as disciplinas desde 2018. O início foi desafiador para ambos, mas a convivência e a parceria tornaram o trabalho prazeroso e o aprendizado uma via de mão dupla. “Conseguir passar o meu conhecimento e também aprender com ele foi muito gratificante para mim. Paulo é determinado, inteligente, esforçado, vai atrás dos seus objetivos, tem muita responsabilidade e, apesar das suas dificuldades, é um grande aluno que tem tudo pra crescer”, avalia a monitora, orgulhosa pelo desempenho do colega, que não perdia uma aula.
O orgulho é compartilhado por servidores do IFF que acompanharam o desenvolvimento do estudante. A coordenadora do CTA, professora Ligia Portugal, lembra de seu primeiro contato com Paulo Henrique, ainda no dia do vestibular, e conta que a aprovação representou um desafio para os docentes, que ainda não tinham experiência com estudantes portadores de Necessidades Educacionais Específicas (NEE). “Muitos professores fizeram cursos para trabalhar com NEE. Tivemos orientações do nosso Napnee, da assistente social, sempre buscando as melhores formas de trabalhar com esse aluno. E ele, apesar de todas as suas necessidades especiais, sempre foi um aluno de destaque na turma”, disse. Ligia expressou sua alegria pela aprovação e parabenizou não só o discente, mas também a família e a equipe do IFF Bom Jesus pela conquista. “Sabemos que ele consegue porque tem uma base familiar sólida, uma família que dá estrutura para ele. Também porque nós demos essa estrutura para ele estudar. Então é uma vitória que precisa ser comemorada”, celebrou.
Napnee – A estrutura citada por Lígia inclui livros didáticos, laboratórios, salas de aula e profissionais dedicados ao ensino no IFF Bom Jesus, mas vai além disso. Paulo Henrique foi bolsista do Napnee e os recursos ajudaram a custear suas atividades no CTA. “Me sinto agraciado pelo Napnee, por tudo de bom que me proporcionaram. A bolsa me ajudou muito a participar de viagens técnicas e eventos científicos, pois as inscrições às vezes são caras”, conta. Peças de vestuário para participar de aulas práticas, como calça e jaleco, e aquisição de insumos para executar trabalhos práticos, como ingredientes para produzir amostras, também foram custeados pelo benefício, segundo o estudante.
O Núcleo conta com uma equipe interdisciplinar que avalia e acompanha cada aluno com Necessidades Educacionais Específicas do IFF Bom Jesus. A coordenadora, Ieni Morais, explica que são realizadas reuniões com professores no início do período letivo para que sejam informadas as NEE de cada discente atendido. O esforço de Paulo Henrique lhe rendeu elogios da equipe. “Aluno extremamente dedicado, atencioso e gentil. Muito preocupado com a entrega das disciplinas, se adaptou muito bem ao sistema de monitoria e consegue sempre diálogo fácil com os professores”, analisa Ieni.
O curso – Cair de “paraquedas” no CTA, como ele descreve, foi uma grata surpresa para Paulo Henrique. Participar de eventos, projetos e capacitações, assim como das aulas e atividades dentro e fora de sala de aula, proporcionou aprendizados maiores que o esperado. “O curso me ensinou bastante a conviver com pessoas, pois sempre teremos convívio no ambiente profissional e acadêmico. Também aprendi as teorias e práticas; tenho certeza que vou ser um Cientista de Alimentos que sabe mesmo, na ponta da língua. Isso é uma realização para mim”, avalia, emocionado e feliz pela obtenção do novo título profissional.

por Erika Vieira/Comunicação Social do Campus Bom Jesus do Itabapoana

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