Casagrande explicou que, antes do desastre, o projeto de desassoreamento do Rio Muqui do Sul estava em curso, com 55% do trabalho concluído. No entanto, a força da enxurrada nos dias 22 e 23 de março levou à perda total do progresso alcançado.
O desassoreamento, que é a remoção de sedimentos e detritos do leito do rio, é crucial para aumentar a capacidade do rio de manejar grandes volumes de água, prevenindo assim inundações.
O Rio Muqui do Sul, que se estende desde sua nascente no Córrego das Almas, na comunidade do Oriente, distrito de Conceição do Muqui, até a foz no Rio Itabapoana, atravessa paisagens montanhosas, vales e planícies, influenciando diretamente a vida de milhares de habitantes em seu curso. Seu papel é ainda mais crucial considerando que corta três distritos importantes, incluindo o centro de Mimoso do Sul.
A decisão de retomar e intensificar os esforços de desassoreamento vem em um momento crítico. Além do trabalho no leito do rio, o governador mencionou a realização de estudos hidrológicos na região para identificar outras infraestruturas necessárias que possam mitigar os efeitos de catástrofes futuras.
Essas medidas visam não apenas recuperar a segurança e a estabilidade na região, mas também prevenir a recorrência de enchentes com consequências tão graves.
No entanto, Casagrande pontuou que evitar inundações com um temporal como o que ocorreu em Mimoso é uma tarefa difícil. Levantamentos hidrológicos apontam que foram 700 milímetros de água na região de Conceição do Muqui, volume muito acima do normal.
Além de Mimoso do Sul, outras 12 cidades do estado declararam situação de emergência em decorrência das enxurradas, evidenciando a gravidade da situação enfrentada pela região.
Mimoso News/Dia a Dia es
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