Foto/Izaias Fernandes.
A Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro), em Campos, pode assumir parte das operações da Usina Canabrava, localizada na RJ-224 (Campos-São Francisco de Itabapoana), em São Diogo, próximo a Travessão de Campos.
De acordo com informações da própria Coagro, ela e a Portopar S.A., administradora do Grupo Canabrava, “participam ao mercado que iniciaram estudos com o objetivo de gerar sinergias operacionais e de gestão, para uma eventual união de esforços das referidas organizações. Os estudos têm como meta estabelecer o entendimento das partes, em caráter preliminar e não vinculante, acerca dos principais termos e condições que nortearão as operações futuras”.
O comunicado informa ainda que “o objetivo do projeto, ora em curso, é a significativa redução de custos industriais, agrícolas, administrativos e comerciais dos dois grupos”. Segundo a Coagro, “estamos confiantes que o reforço trará benefícios a todos os componentes da cadeia produtiva do setor sucroenergético do Estado do Rio de Janeiro”.
Os rumores da junção entre as duas usinas surgiram no último dia 15, quando os funcionários da Canabrava resolveram parar as atividades devido ao atraso no pagamento dos salários. Na época, o diretor da Coagro, Edmar Guimarães, havia informado que, em um plano para salvar a Canabrava das dívidas, a cooperativa cederia a moagem com o restante da cana para quitar dívidas com os funcionários e fornecedores.
Por telefone, Edmar confirmou que existem boatos da junção entre as usinas, mas informou que ainda não há nada acertado. “O estatuto prevê que a cooperativa não pode encampar outra empresa. O que devem estar fechando é outro tipo de operação, que ainda desconheço, talvez numa tentativa de evitar o fechamento da Canabrava”, comentou.
A presidência da Coagro não se pronunciou sobre o comunicado. A equipe de reportagem de O Diário tentou contato por telefone e por e-mail com o gerente administrativo da Canabrava, Fernando Alfini, que não respondeu.
No último dia 14, funcionários da Canabrava paralisaram as atividades devido ao atraso no pagamento dos salários referente aos meses de agosto e setembro. Na época, a possibilidade de fechamento da usina foi cogitada, com a chance de a Coagro assumir a moagem para pagamento das dívidas.
O Diário