Agentes cumpriram mandado em Campos — Foto: Cléber Rodrigues/Inter TV
Foto: Divulgação/MPRJ
A Operação Sete Capitães prendeu cinco pessoas, incluindo um policial militar, na manhã desta terça-feira (5). A ação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de praticar furto de petróleo e derivados no interior do Rio.
A operação aconteceu nos municípios de Campos dos Goytacazes, Macaé, Quissamã, Carapebus, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu e Cabo Frio, além de Rolândia, no estado do Paraná.
A ação foi realizada pela Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Agência Nacional de Petróleo (ANP), Petrobras e Transpetro.
Segundo a Polícia Civil, as investigações, que tiveram início há cerca de 10 meses, apontaram que os criminosos localizavam os dutos de petróleo bruto e faziam uma derivação clandestina por onde desviavam o produto da subtração.
Além das prisões, os agentes também apreenderam computadores e celulares ao cumprirem 11 mandados de busca e apreensão.
O policial militar que era alvo de um dos mandados de prisão foi preso em Campos. Na casa do PM foram apreendidos vários carregadores de munições e uma arma.
De acordo com o delegado Julio da Silva Filho, titular da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), a apuração levantou ainda que a organização fazia em média de duas a três retiradas por semana, totalizando cerca de 150 mil litros de petróleo e derivados desviados.
As investigações apontam que o petróleo furtado em Quissamã e Carapebus seria enviado em caminhões bitrens, com capacidade para subtrair aproximadamente 50 mil litros, para cidades no Paraná.
"Uma organização criminosa que já vem atuando aqui na microrregião de Macaé já há algum tempo. Um preso, por exemplo, era responsável por fiscalizar a faixa de duto e acabou se envolvendo com a organização criminosa que o seduziu com oferta de vantagens e ele acabou se envolvendo. O outro que foi preso em Carapebus, por exemplo, era um dos líderes da organização, era aquela pessoa que arregimentava pessoas para fazer a escavação", disse o delegado.
Ainda de acordo com a polícia, os presos vão responder pelos crimes de organização criminosa, contra ordem econômica, furto duplamente qualificado e contra o meio ambiente.
"Nós estamos continuando as atividades e esse material arrecadado hoje na busca e apreensão será objeto da nossa análise para que nós possamos, então, desvendar os demais envolvidos no esquema criminoso", explicou o delegado.
Os presos foram encaminhados ao Rio de Janeiro.
Informações do G1/Norte Fluminense