Paulo César Fonseca do Nascimento, Tinga, jogador do Cruzeiro e sua
esposa Milene.
O meio-campista Tinga, do Cruzeiro, fez um desabafo e disse que sente
preconceito racial não só quando joga futebol, mas também no dia a dia. Relatou
esse ter tipo de sentimento quando vê olhares tortos quando anda ao lado de sua
mulher, que é loira.
Em entrevista à TV Globo, emocionado e com olhos marejados, disse que o
preconceito ocorre não só no Peru, mas também no Brasil, onde sente que não só
negros, mas também pessoas de classes mais baixas são preteridas em relação a
quem tem melhores condições econômicas.
"As pessoas olham quando chego com minha esposa, ninguém conhece
minha história. Ninguém sabe (como é a relação), e num olhar você sente que as
pessoas pensam ´olha o negão com uma loira´. Isso eu sinto toda hora",
falou em entrevista ao programa Esporte Espetacular.
"Todo mundo fala da situação que ocorreu lá (no Peru), mas isso tem
todo dia. Em um simples olhar das pessoas, tem toda hora no nosso país, não só
racial, mas social, que é até maior. Se você tem condições boas, é famoso,
conhecido, ninguém diz não. Sou um cara que nunca me empolguei no futebol.
Nunca me empolguei com vitórias e conquistas. Não tem como me abalar com coisas
pequenas".
Uol.
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