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Já está concluso, apenas aguardando sentença do juiz da Vara Criminal da Comarca de Itaboraí, Daniel da Silva Fonseca, o processo que pune uma suposta quadrilha que operava em postos de vistorias do Detran em vários municípios do Estado do Rio. Seis réus são moradores de Campos e um de São Fidélis, e a coincidência é que um dos grupos operava no posto de vistoria da Comauto, que está sob a influência política do deputado João Peixoto (PSDC). Até o fechamento desta edição, o parlamentar não se pronunciou sobre o caso.
O processo nº 0006225-45.2012.8.19.0023 é decorrente da Operação Asfalto Sujo, realizada pela Corregedoria do Detran e Polícia Civil em 2012. Na ocasião, em vários municípios do Estado, foram expedidos 41 mandados de prisão e 67 de busca e apreensão. As investigações concluíram que uma organização criminosa formada nos postos de vistoria em vários municípios instaurou um esquema de cobrança de propina empresas e proprietários de veículos.
O valor da propina, segundo consta no processo, variava de R$ 50 a R$ 1.200, dependendo do volume de serviços. O Ministério Público relata que os acusados, “de forma livre e consciente, em comunhão de ações e desígnios criminosos, se associaram de forma estável e permanente em quadrilha para a prática de diversos delitos, em especial corrupção passiva, corrupção ativa, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema informatizado, repressão de documentos públicos e usurpação de função pública”.
A quadrilha era composta de chefes do Detran, “zangões” e despachantes. O caso é descrito como o maior julgamento de corrupção na comarca de Itaboraí, onde o processo está sendo julgado. A possibilidade é que haja desdobramentos para um processo de cassação de deputados envolvidos em indicações de chefes de postos envolvidos no esquema de corrupção.
Entre os presos na operação Asfalto Sujo estão Almir Bilu de Oliveira, Cibele Coutinho Amaral França, Ferdinando de Azevedo Silva, Francisco José Parente Filho, Gesiana Areas Sampaio, João Acácio Filho, Maurício Ribeiro Areas, e Monique Peixoto Teixeira Coutinho.
O Diário
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