Um presidiário de Campos e sua ex-companheira, moradora em Cambuci, no Noroeste Fluminense, conseguiram forjar um sequestro e extorquir R$ 8 mil de uma mulher em São Paulo (SP). Acreditando na ligação telefônica de que bandidos estavam com sua filha, a mulher depositou o dinheiro na conta da estelionatária, que acabou presa em Cambuci, na tarde da última quarta-feira. O crime, conhecido como “Golpe do sequestro por telefone”, foi o segundo caso registrado na região em menos de uma semana.
De acordo com a polícia, no caso mais recente, a desconfiança de um gerente do Banco do Brasil foi o suficiente para desarticular a dupla de estelionatários. Após a comparsa do presidiário, identificada apenas pelas iniciais A.P.L.M., de 38 anos, efetuar o saque na agência e realizar depósitos em várias contas bancárias distintas, o gerente foi até a 142ª Delegacia Legal (DL/Cambuci) e informou o ocorrido. Os inspetores, já com a identificação da mulher, foram até a casa dela, no bairro da Bóia, mas não a localizaram.
Em contato direto com a filha da suspeita, eles informaram que, assim que a mãe retornasse para casa, deveria ir até a delegacia. Assim a suspeita fez e, ao chegar à sede policial, recebeu voz de prisão. No primeiro momento ela negou, mas depois acabou confessando que estava a “serviço” do ex- companheiro, identificado como José Carlos Gonçalves Murta, o “Dedanha”, preso no Presídio Carlos Tinoco da Fonseca, em Guarus, Campos.
A suspeita teria recebido informações via celular de que iriam depositar uma quantia em dinheiro na conta dela e que este dinheiro teria que ser repassado para outras contas. Ela acabou ficando com R$ 1,5 mil pela comissão, que foram apreendidos, junto com o celular com as mensagens de Dedanha e os depósitos bancários.
O Diário
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