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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

ENGENHEIRO É ACUSADO DE DESMATAR GRANDE ÁREA DE MATA ATLÂNTICA EM SÃO JOSÉ DO CALÇADO

A operação foi neste mês de novembro, na localidade de Pouso Alto, zona rural de São José do Calçado. Foto: Divulgação/PMA
Nenhuma das atividades foi licenciada pelo Idaf, sendo feitas de forma ilegal. Foto: Divulgação/PMA
O desmate foi de 141.100 m² de vegetação nativa da Mata Atlântica, 320 árvores isoladas em pastos retiradas, 3.600 m² de mata queimada e 345 m² de área danificada para abrir estradas
Após duas semanas da realização de uma operação conjunta da Polícia Militar Ambiental e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) em São José do Calçado, um laudo técnico comprova o desmatamento de aproximadamente 141.100 m² de vegetação nativa de Mata Atlântica. O acusado é um engenheiro agrônomo de 30 anos e responderá por crime contra a flora brasileira.
De acordo com a Polícia Ambiental, a operação foi neste mês de novembro, na localidade de Pouso Alto, zona rural de São José do Calçado, quando foi constatada uma grande movimentação de terra em uma propriedade rural, contudo sem muitos vestígios da vegetação derrubada no local.
Somente após técnicos do IDAF realizarem levantamentos cartográficos foi possível constatar que o desmate ilegal foi de 141.100 m² de vegetação nativa da Mata Atlântica.
Também foi averiguada a retirada de árvores nativas isoladas em áreas de pastagem, totalizando 320 unidades. Em outro ponto, 3.600 m² de Mata atlântica em estágio inicial de regeneração foram queimadas. Além disso, o proprietário ainda realizou abertura de uma estrada, danificando 345 m².
Nenhuma das atividades foi licenciada pelo Idaf, sendo feitas de forma ilegal. Após diligências, o proprietário do terreno foi identificado como sendo um engenheiro agrônomo, que responderá pelos crimes de destruir vegetação de Mata Atlântica (detenção de 1 a 3 anos e multa), provocar incêndio em floresta (reclusão de 2 a 4 anos e multa) e realizar abertura de estrada sem autorização de órgão ambiental (detenção de 1 a 6 meses e multa).
Toda a documentação produzida será encaminhada aos demais órgãos, juntamente com o relatório fotográfico e o laudo técnico comprovando as ações, para que sejam adotadas as medidas cabíveis.
“Infelizmente ainda existem aqueles que não se aperceberam que a natureza cobra pelos maus tratos que recebe do homem com seu espírito de busca pelo lucro a qualquer custo. Essa é uma das razões pela qual a Polícia Ambiental não se esmorece diante de sua missão, que é árdua e ininterrupta no sentido de conscientizar e responsabilizar os causadores de crimes ambientais”, afirma o Capitão Reinaldo Faria, Comandante da 4ª Companhia, responsável pelo patrulhamento ambiental no Sul do Estado.

Lenilce Pontini/Redação Folha Vitória

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