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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

MACAÉ TEM SETE GESTANTES COM ZIKA E DOIS BEBÊS COM MICROCEFALIA


Em bar de Macaé as pessoas tentam se proteger do mosquito usando o conhecido "mosquiteiro."
Macaé – por determinação do Ministério da Saúde – está em estado de alerta diante de sete casos confirmados de gestantes com zika vírus e nascimento no Hospital Público de Macaé (HPM) com microcefalia. Além do acompanhamento das gestantes, coleta de material dos recém-nascidos, a prefeitura reunirá no próximo dia 28, representantes de todas as secretarias municipais para criar uma operação de combate ostensivo ao mosquito Aedes aegypti que além da dengue, transmite o zika vírus e a febre chikungunya.

As gestantes na cidade estão preocupadas com seus bebês. Outras se desesperam e desabafam na mídia social como é o caso de Priscila Antunes, que só teve coragem de confirmar que está grávida de sete meses de uma menina com microcefalia há pouco mais de três semanas. Em mensagem pelo WhatsApp, Priscila diz que com treze semanas de gravidez contraiu o zika vírus. “Essa semana fui atropelada com uma notícia; que minha filha está com microcefalia”.  Segundo ela, o mais assustador após essa notícia dada por seu médico é “a falta de amor da prefeitura de Macaé, porque para minha surpresa, a Sophia não é o primeiro caso de microcefalia, causado pela zika vírus. Só no consultório onde faço acompanhamento existe mais três casos. E meu médico me informou que já nasceram crianças com microcefalia no HPM”. Depois do desabafo, ela não se manifestou mais.

Oficialmente, nem a prefeitura ou a Secretaria de Saúde assumem oficialmente o registro dos casos da doença na cidade. A população está fazendo duras críticas a infestação de mosquito Aedes aegypti nos bairros. Alguns moradores fazem brincadeira nas redes sociais, comentando que para aumentar o raio de ação, os mosquitos agora preferem invadir os coletivos e assim percorrer longas distâncias. Em um bar da periferia, o comerciante chegou a instalar um mosquiteiro – protetor contra insetos normalmente feito de um tecido suave e perfurado – sobre a mesa para que os clientes permaneçam por mais tempo no lugar, sem serem picados pelos mosquitos.


Tânia Garabini-Terceira Via.

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