Primeiro aparelho de angiografia digital 3D da América Latina |
O conjunto formado por tecnologia de ponta, médicos altamente qualificados e dedicados e uma administração eficiente tornou o Hospital São José do Avaí (HSJA), no Noroeste fluminense, uma referência na medicina regional, estadual e até mesmo nacional. Situado numa das regiões mais carentes do Estado do Rio de Janeiro, e geograficamente muito distante dos principais centros urbanos, o hospital filantrópico é referência em neurocirurgia, cirurgia cardíaca, oncologia, cirurgia vascular, transplante de fígado e cirurgia videolaparoscópica. O hospital é referência em alta e média complexidade para 13 municípios próximos, mas recebe pacientes de muitas outras cidades, tanto do Rio como de outros Estados. Mensalmente, são realizados 10 mil atendimentos, e o volume de internações está em torno de 1.800 pacientes. O HSJA conta com 380 leitos, sendo 80 distribuídos nas sete unidades de terapia intensiva: quatro gerais, uma neurointensiva, uma cardiológica e uma de neonatologia. Por ser filantrópico, 60% dos pacientes internados são do Sistema Único de Saúde (SUS). No ambulatório, este percentual alcança 70%, índice superior ao exigido pela legislação. – A demanda é grande porque muitos hospitais da região fecharam as portas, deixando a população de alguns municípios desassistidas – afirma a administradora do HSJA, Izabel Andrade. Toda a estrutura de apoio é própria, sendo terceirizados apenas os serviços de medicina nuclear, arritmologia e medicina hiperbárica. A hemodiálise, por exemplo, dispõe de 38 máquinas. Já o serviço de imagem é composto de dois aparelhos de tomografia computadorizada (de 64 e 128 canais), um de ressonância magnética (1,5 Tesla), três de ultra-sonografia de alta resolução, um mamógrafo de alta resolução e três aparelhos de radiografias convencionais. O Serviço de Hemodinâmica possui três aparelhos, sendo um deles um “3D” (Alluria). Já o Serviço de Ecocardiografia, gerenciado pelo cardiologista Samaene Vinhosa, que também é representante do CREMERJ na Seccional de Itaperuna, possui ecocardiógrafos convencionais, dopplers, ecos transesofágicos e de stress. Nestes centros são realizados exames diagnósticos e também tratamentos, como biópsias guiadas por ultrassom, biópsias estereotáxicas guiadas por tomografia, radiocirurgia, braquiterapia, embolizações, entre outros. O Bloco Cirúrgico conta com 13 salas para todos os tipos de cirurgias e mais quatro salas destinadas à maternidade. Desde 2014 o hospital é um dos cinco polos estaduais da Organização de Procura de Órgãos (OPO), tendo em vista o sucesso dos transplantes realizados no local.
Uma pesquisa da Ouvidoria destacou que o hospital tem a aprovação de mais de 90% do público externo e 85% do público interno. Uma das razões para isso é que os pacientes não perdem tempo em filas. Recente levantamento na central de regulação do município para o Programa Nacional de Avaliação dos Serviços de Saúde (PNASS), por exemplo, revelou a existência de fila exclusivamente para a oftalmologia. A espera é de 15 dias, enquanto na média nacional a demora é de um ano. – Os médicos aqui trabalham muito e são incansá- veis. Inclusive pedem que solicitemos aumento de demanda ao SUS e ao Estado. A ideia é atender os municípios limítrofes do Sul de Minas Gerais e do Espírito Santo, tão necessitados quanto o Noroeste fluminense, e que fazem parte das regiões mais pobres desses Estados – observa Izabel.
Instituição funciona nos mesmos moldes de “Hospital Escola”
Embora não possua o título oficial de hospital escola, a instituição funciona nos mesmos moldes e possui 53 médicos residentes. Anualmente são oferecidas 21 vagas. A conceituada residência começou em 1991, com clínica médica e cirurgia. Atualmente abrange neurocirurgia, terapia intensiva e neonatologia.
Jornal do CREMERJ
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