Procedimento está sendo adotado em todo o país para evitar que eleitores se passem por outro no momento da votação; 44% dos eleitores já foram recadastrados
Após o cadastramento biométrico de cerca de 64 milhões de eleitores para a votação por meio de impressões digitais, a Justiça Eleitoral encontrou aproximadamente 25 mil registros de título de eleitor duplicados ou múltiplos, segundo Giuseppe Dutra Janino, secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“No momento de confrontar as digitais, se percebe que é a mesma pessoa. Muitas vezes, é evidente a intenção de fraude, da falsidade ideológica”, afirmou Janino.
Segundo ele, uma única pessoa foi encontrada com 52 títulos de eleitor. “Ele tinha 52 títulos de eleitor, logo 52 identidades, 52 CPFs. Se tem 52 CPFs, poderia retirar 52 benefícios do governo como o Bolsa Família ou o INSS”, disse. “Isso mostra a fragilidade documental brasileira. A biometria faz um saneamento na identificação, retirando esses cidadãos das práticas criminosas”, afirmou.
O número de eleitores com a biometria cadastrada até o momento representa 44% das mais de 146 milhões de pessoas aptas a votar – o objetivo é alcançar cerca de 80 milhões até o ano que vem. O cadastramento, porém, ainda não é obrigatório em todos os municípios.
Segundo o TSE, a identificação biométrica é necessária para garantir que o eleitor seja único no cadastro eleitoral. “Não há duas digitais no mundo. Evita-se, assim, a possibilidade de uma pessoa se passar por outra no momento da votação”, disse Janino.
Veja.com
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