Foto: Rafaela Patrício/Portal 27
O coronel Ronalt Willian, ex-comandante-geral da Polícia Militar, reagiu a um assalto e atirou contra o bandido, no final da tarde desta quinta-feira (7), no Centro de Guarapari. O criminoso morreu no local.
Em entrevista ao Gazeta Online, o coronel contou que chegava em casa, quando foi abordado pelo bandido que estava de bicicleta. Armado e muito agressivo, o criminoso exigiu que o policial entregasse o relógio.
“Ele estava muito exaltado e falava que se eu não entregasse o relógio, ele iria me matar. Eu falei para ele ter calma. Toda hora eu pedia para ele ter calma”, explicou.
O coronel tirou o relógio do punho e entregou para o bandido. Naquele momento, apontando a arma para o rosto do policial, o criminoso exigiu que ele entregasse o celular e a carteira.
“Ele colocou a arma na minha cara. Levantei a mão e falei que dar tudo que ele pedia. Tirei o celular do bolso e na hora que fui pegar a carteira, ele colocou o relógio e abaixou a arma”, relatou.
Foi na hora em que o bandido abaixou o revólver que o coronel sacou a própria arma e deu voz de prisão ao bandido. “Eu vi a oportunidade quando ele abaixou a arma. Me senti seguro. Eu dei voz de prisão e ele saiu correndo. Eu gritava: ‘Para! Polícia’, porém no momento em que ele virou para atirar em mim, não esperei e efetuei o disparo antes”, explicou.
Depois de caído no chão, o coronel Willian contou que tirou a arma do criminoso com o pé, acionou a polícia e o Samu. Quando a equipe de socorro chegou ao local, percebeu que o criminoso já estava morto.
“Já fiz o procedimento de praxe. Prestei minhas declarações à Polícia Civil. Vai ser aberto um inquérito e minha arma ficou à disposição da Polícia Civil. Agora é esperar o término da apuração desse caso”.
"FOI LEGÍTIMA DEFESA"
O coronel Willian explicou que sempre orientou a população para nunca reagir em casos de assalto. No entanto, segundo o militar, na situação foi necessário ter efetuado o disparo.
“O bandido virou para atirar em mim. Eu reagi porque sou preparado para isso e só reagi porque eu tive a segurança. Se eu não tivesse a oportunidade, eu passaria todos os meus pertences a ele”, explicou.
Em toda a trajetória na corporação, coronel Willian contou que essa foi a primeira vez que reagiu e que o bandido morreu. “Em toda minha vida policial já presenciei muitos casos, mas pessoalmente esse é o primeiro. Eu mantive a calma e tentei acalmar ao máximo o bandido que a todo momento dizia que ia me matar. É uma situação de muita adrenalina e eu só olhava para a arma dele apontada na minha direção”.
Segundo ele, por conta da impunidade no universo do crime, esse é mais um que entra para a estatística.
“Infelizmente temos uma impunidade reinante. A polícia faz o papel dela, inclusive prende 10, 15, até 20 vezes a mesma pessoa. Enquanto o Brasil não tomar ciência do que está acontecendo, a mídia vai continuar reportando esse e vários casos de violência que vão acontecer”, finalizou.
A Gazeta
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