Após cair em conceito de turismo, cidade saúde pretende dar guinada com cadastro de comércio e serviços
Uma casa de aluguel de temporada, uma nova casa de shows, comércio, oferta de serviços... Tudo isso conta pontos em um cadastro específico do Ministério do Turismo que categoriza todas as cidades do Brasil com letras que representam o quanto aquele município vai poder requerer de verba do Governo para investir no setor. Neste ano, a pasta divulgou a lista das cidades capixabas e Guarapari, por (mais) incrível que possa parecer, caiu em um nível o conceito que detinha nessa categoria.
A Cidade Saúde perdeu o posto na categoria A do Mapa do Turismo do Brasil, deixando apenas Vitória no lugar. Na categoria B, Guarapari pode requerer até R$ 500 mil, perdendo a chance de pleitear outros R$ 300 mil (dinheiro liberado apenas para municípios do primeiro nível) em apoio a eventos geradores de fluxo turístico.
Para o secretário de Turismo, Empreendedorismo e Cultura de Guarapari, Edgar Behle, a queda não se dá apenas por um fator e não quer dizer que o município falhou. "Muitas coisas são levadas em conta e o cadastramento do comércio, prestadores de serviços e até aluguel de casas por temporada ajudam muito na colocação da cidade nesse ranking", diz.
Vale lembrar que o Ministério do Turismo avalia o aumento do número de empregos através do turismo, a ampliação do fluxo de turistas domésticos e internacionais, além dos números de estabelecimentos formais de hospedagem. Edgar detalha que, por isso, na próxima semana, a prefeitura vai se reunir com o Conselho de Turismo do município para que seja discutida a criação de uma lei que regulamente o aluguel de casas por temporada.
"Além de tudo, você não pode colocar 80, 90 pessoas onde só deveriam estar no máximo 10", conta, se referindo a episódios que diz já ter visto em Guarapari.
Para ele, o cadastramento dessas casas junto ao Ministério do Turismo faria com que a Cidade Saúde ganhasse créditos no mapeamento da pasta, já que tudo conta "ponto" na lista. "Muito comerciante, também, não se interessa por se cadastrar. Vamos junto de todas essas outras ações criar uma campanha educativa falando para esses empresários o quão importante é ter esse registro", pondera.
Segundo Edgar, tudo tem que ser discutido de uma forma legal e que favoreça todos os grupos. "O pessoal também tem que entender que esse registro vai possibilitar treinamentos e formações. As pessoas vão poder se especializar em recepção, em limpeza... até na questão das casas fazerem pequenas mudanças que podem acrescentar muito na hora da escolha do destino", frisa.
PERDA DE VERBA NÃO VAI AFETAR BENEFÍCIO
Por outro lado, o secretário garante que a perda de verba que o Governo Federal no setor de turismo não vai afetar a programação de festas da cidade. Isso porque, de acordo com ele, mais de 95% desses eventos são realizados com recursos próprios do município. "Essa queda de posição implica em uma perda de verba federal. Mas o investimento do município nesse ano tende até a ser maior", destaca.
Para ele, só é interessante ter essa possibilidade de verba para que o município possa ter segurança. "É importante que a gente possa contar com essa fonte, para que no ano seguinte dê para incrementar ainda mais a agenda, para que a gente possa, de fato, buscar esse recurso", finaliza.
Gazeta Online
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