Produtores de cachaça do Norte Fluminense (NF) se reuniram ontem (19) no Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Campos. A ideia é desenvolver em conjunto uma Indicação Geográfica (IG) para os seus produtos.
O selo da IG é uma garantia para o consumidor. Comprova que o produto é genuíno e possui qualidades particulares, ligadas à sua origem. Os produtos que desenvolvem sua IG, via de regra, conseguem uma valorização de cerca de 30 %. Assim, se tornam passíveis de proteção legal contra uso de terceiros, em termos de propriedade industrial.
Utilizado há tempos na Europa, as IGs ganharam impulso no Brasil a partir deste século. Hoje já são mais de 40, entre elas a IGs das cachaças de Paraty (RJ) e Salinas (MG), do queijo canastra de Minas e do chocolate do Sul da Bahia.
A intenção dos produtores de cachaça da região é desenvolver uma IG do seu produto, baseando-se na tradição de mais de 300 anos da produção de cana e cachaça no Norte Fluminense. Para desenvolver o registro da IG “Cachaças do Rio de Janeiro – Norte”, junto ao Instituto Nacional de Produção Industrial (INPI), os alambiques contarão com as consultorias do Sebrae e do ministério da Agricultura, que apoiou a criação da IG de da Cachaça de Paraty.
A intenção é buscar apoio também junto à Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRuRJ), e ao Instituto Federal Fluminense (IFF), além das prefeituras da região.
Estiveram presentes na reunião de ontem os produtores das cachaças Telura e Barra Velha, de Campos dos Goytacazes; Bousquet, de Bom Jesus do Itabapoana; Barão Dourado, de Santa Maria Madalena, e 7 Engenhos e Alcantilado, de Quissamã. Também participaram do encontro representantes do Sebrae, do ministério da Agricultura e da Prefeitura de Campos.
História da cachaçaNenhuma bebida alcoólica produzida no Brasil tem sua história tão entrelaçada com a do próprio país quanto a cachaça. Como a nossa colonização pelos portugueses se deu, no início do séc. XVI, com a introdução e cultivo da cana-de-açúcar, seu natural destilamento fez da cachaça um dos primeiros ítens de venda e consumo produzidos nas Américas.
Com sua produção difundida em todo o Brasil, em consequência da economia colonial voltada à exportação de açúcar, desde o começo a cachaça teve seu consumo atrelado às camadas mais baixas da população. Para atender a esta demanda, parte da produção da bebida se industrializou no séc. XX, utilizando alambiques de aço.
Mas foi nos tradicionais destiladores de cobre, como nos alambiques do Norte Fluminense, que a qualificação da produção elevou o nível da bebida nas últimas décadas. Tanto que, a partir de 2013, os EUA e vários outros países passaram a reconhecer oficialmente: apesar da existência de outros destilados de cana, como o rum, apenas o Brasil pode produzir cachaça.
Blog Opiniões –Folha 1/ Aluysio Abreu Barbosa
O selo da IG é uma garantia para o consumidor. Comprova que o produto é genuíno e possui qualidades particulares, ligadas à sua origem. Os produtos que desenvolvem sua IG, via de regra, conseguem uma valorização de cerca de 30 %. Assim, se tornam passíveis de proteção legal contra uso de terceiros, em termos de propriedade industrial.
Utilizado há tempos na Europa, as IGs ganharam impulso no Brasil a partir deste século. Hoje já são mais de 40, entre elas a IGs das cachaças de Paraty (RJ) e Salinas (MG), do queijo canastra de Minas e do chocolate do Sul da Bahia.
A intenção dos produtores de cachaça da região é desenvolver uma IG do seu produto, baseando-se na tradição de mais de 300 anos da produção de cana e cachaça no Norte Fluminense. Para desenvolver o registro da IG “Cachaças do Rio de Janeiro – Norte”, junto ao Instituto Nacional de Produção Industrial (INPI), os alambiques contarão com as consultorias do Sebrae e do ministério da Agricultura, que apoiou a criação da IG de da Cachaça de Paraty.
A intenção é buscar apoio também junto à Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRuRJ), e ao Instituto Federal Fluminense (IFF), além das prefeituras da região.
Estiveram presentes na reunião de ontem os produtores das cachaças Telura e Barra Velha, de Campos dos Goytacazes; Bousquet, de Bom Jesus do Itabapoana; Barão Dourado, de Santa Maria Madalena, e 7 Engenhos e Alcantilado, de Quissamã. Também participaram do encontro representantes do Sebrae, do ministério da Agricultura e da Prefeitura de Campos.
História da cachaçaNenhuma bebida alcoólica produzida no Brasil tem sua história tão entrelaçada com a do próprio país quanto a cachaça. Como a nossa colonização pelos portugueses se deu, no início do séc. XVI, com a introdução e cultivo da cana-de-açúcar, seu natural destilamento fez da cachaça um dos primeiros ítens de venda e consumo produzidos nas Américas.
Com sua produção difundida em todo o Brasil, em consequência da economia colonial voltada à exportação de açúcar, desde o começo a cachaça teve seu consumo atrelado às camadas mais baixas da população. Para atender a esta demanda, parte da produção da bebida se industrializou no séc. XX, utilizando alambiques de aço.
Mas foi nos tradicionais destiladores de cobre, como nos alambiques do Norte Fluminense, que a qualificação da produção elevou o nível da bebida nas últimas décadas. Tanto que, a partir de 2013, os EUA e vários outros países passaram a reconhecer oficialmente: apesar da existência de outros destilados de cana, como o rum, apenas o Brasil pode produzir cachaça.
Blog Opiniões –Folha 1/ Aluysio Abreu Barbosa
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