Páginas

domingo, 19 de agosto de 2018

DONA DE SÍTIO RELATA MOMENTOS FINAIS DE POLICIAL QUE MATOU JOVEM EM BOATE

PM mata jovem e fere segurança em boate
Foto:Gazeta Online/Foto Internauta
A dona do sítio onde o policial militar Patrick Ramos Guariz, 26, foi encontrado morto na manhã deste domingo contou à equipe de reportagem como foram os momentos finais do militar. A técnica de enfermagem Nair Mendonça, 53, é viúva de um capitão da PM e explicou que faz um trabalho social com policiais militares que estão passando por problemas. Ela contou que o soldado Guariz avisou pelo telefone que estava indo para o sítio por volta do meio-dia de sábado.
“Ele sempre ia ao sítio e eu também não sabia o que tinha acontecido na boate, fui saber depois. Logo depois que ele me ligou dizendo que ia pra lá, me ligaram contando o que tinha acontecido, que ele tinha matado uma pessoa na boate. Eu falei: não pode ser! Liguei para ele imediatamente e ele confirmou. Disse: 'aconteceu, é o fim, é o fim'”, contou.
Ela relatou que neste domingo pela manhã ligaram gritando que ele tinha cometido suicídio. “Cheguei junto com a polícia, porque eu não estava no sítio, estava na minha casa na Serra. Perdi um filho. Nos conhecemos há muito tempo, era um filho para mim. Estou sem palavras, apostava muito nele, era um grande soldado”, lamentou.
Nair explicou que o militar estava com problemas psicológicos. “Na semana passada o pai dele me ligou dizendo que ele não estava querendo ir mais para casa. Eu fui lá na casa dele para conversar e ele contou que estava de namorada nova, que estava ficando na casa dessa menina. Ele andava muito irritado dentro de casa, segundo o pai dele”, disse.
Nesse dia, Nair relata que foi até a casa do militar. “Fomos para o quarto, fiz uma oração por ele, e como ele foi para a roça ontem, pedi ao pastor para orar por ele. Ele pediu perdão ao pastor e disse que tudo estava perdido”.
Ela destacou que chegou a pedir ao militar para ficar apenas na guarita e não ir mais para a tática, mas ele gostava da rua e dizia que era a vida dele. “Achei que conseguiria trazer ele de volta, mesmo depois da situação. Tinha saída, mas ele preferiu tirar a vida. Trabalho com policiais há mais de 15 anos, quando eles têm problema, eu ajudo de forma voluntária. Essa luta eu perdi”, contou Nair, bastante emocionada. 

Tribuna Online

Nenhum comentário:

Postar um comentário