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domingo, 7 de outubro de 2018

NESTE DOMINGO, UM PAÍS DIVIDIDO VAI ÀS URNAS


Montagem de fotos: Cassiano Rosário/Futura Press – AP Photo/Andre Penner
Após uma campanha marcada pela polarização entre esquerda e direita, mais de 147 milhões de eleitores irão às urnas neste domingo (7) pela oitava vez após a redemocratização para decidir quem será o novo presidente. Senadores, deputados estaduais/distritais e federais, além de governadores também serão escolhidos.
No caso da disputa pelo Palácio do Planalto, nas últimas pesquisas antes do primeiro turno, Jair Bolsonaro (PSL), tem 41% dos votos válidos no Ibope e 40% no Datafolha e busca uma vitória no primeiro turno, algo que não há 20 anos.
Seu maior adversário é o petista Fernando Haddad, escolhido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que completa seis meses preso hoje em Curitiba, condenado em segunda instância por corrupção. A estratégia o levou de 4% há um mês para os mais de 25% dos votos válidos nos levantamentos de sábado (6), o que o colocaria no segundo turno.
Principal aposta de quem rejeita Bolsonaro e Haddad na reta final da campanha, Ciro Gomes (PDT) tentava ganhar impulso para ultrapassar Haddad, mas foi uma aposta de terceira via que não emplacou – pelo menos até ontem. Com 13% dos válidos, dificilmente terminará à frente do ex-prefeito de São Paulo.
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) também não conseguiu decolar e corre o risco de terminar a campanha com menos votos do que tinha quando começou. Se confirmado seu fracasso, será a primeira vez desde 1994 que o PSDB não chega ao segundo turno.
A situação da ex-senadora Marina Silva (Rede) é ainda mais complicada: pode terminar a eleição como “nanica”, ao lado de João Amoêdo (Novo), Guilherme Boulos (PSOL) e outros depois de ter alcançado um bom desempenho em 2010 e em 2014 – foi ultrapassada apenas na reta final por Aécio Neves (PSDB) na última eleição.
Embora mais curta que as anteriores, poucas vezes se viu uma campanha tão intensa como esta: em 6 de setembro, há apenas um mês, Bolsonaro foi esfaqueado durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), um atentado inédito; o segundo colocado, Haddad, foi à sede da PF em Curitiba, onde Lula está detido, 15 vezes para ouvir o líder do partido.
A tensão não se limitou apenas às campanhas: dominou também conversas nas ruas e as redes sociais e até manifestações. Enquanto em alguns lugares Bolsonaro era saudado como “mito”, nas ruas das grandes cidades, milhares se reuniram na semana passada para defender: “ele, não”. O eleitor vai decidir.

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