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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

NA PRAIA, CRIANÇAS EXIGEM ATENÇÃO REDOBRADA


O principal medo de quem vai à praia com uma criança é de que ela se perca, mas há outros riscos que devem estar no radar dos pais. Ferimentos com cacos de vidro, queimaduras solares e desidratação estão entre os problemas que podem ocorrer com os pequenos durante o passeio.
“Ao chegar à praia, é importante dar uma boa olhada no entorno, ver se não tem cacos de vidro ou tampinhas que podem ferir os pés e perguntar para o salva-vidas onde deve ficar, porque tem toda uma análise do mar para identificar onde existe buraco. O afogamento é muito rápido e costuma ser fatal. É muito raro internar uma criança por afogamento”, explica Gabriela Freitas, gerente executiva da ONG Criança Segura. Gabriela recomenda que, ao longo do período que a família vai ficar na praia, uma pessoa que saiba nadar seja eleita para ficar responsável pelas crianças.
Segundo o último balanço da entidade, realizado em 2016, esse tipo de acidente fica em segundo lugar no ranking de causas de morte até os 14 anos. “Além da supervisão muito ativa, a recomendação é de que as crianças usem colete salva-vidas, porque é o que vai deixar todo tronco flutuando. A boia é considerada um brinquedo.”
Aedes
Além disso, vacinar as crianças com mais de 9 meses contra a febre amarela antes de ir para regiões com o risco de infecção pela doença, caso do litoral paulista, é uma das orientações do pediatra e gerente médico do Sabará Hospital Infantil Felipe Lora.
Para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, zika vírus e chikungunya, Lora recomenda o uso de repelentes adequados para a faixa etária das crianças. “É importante lembrar que o repelente sempre deve ser passado depois do filtro solar para criar a barreira que impede que o mosquito venha. O filtro solar tem de ter um fator de proteção alto, mas, abaixo dos 6 meses de idade, esses produtos não são recomendados. Então, as crianças devem ser protegidas com roupas claras.”
O pediatra diz que a exposição ao sol não deve ser feita no horário entre as 10 e as 15 horas e os lanches levados para a praia devem ser leves. “Podem levar uma bolacha de água e sal ou um biscoito de polvilho. Se o alimento é conservado na geladeira, não deve ser levado para a praia. E a água deve ser dada em livre demanda”, afirma. “E atenção: se a urina estiver amarelada, significa que a criança precisa ser hidratada.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Paula Felix/Estadao Conteudo


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