Foto/Divulgação/Fiocruz
O estado do Rio de Janeiro registrou 30.871 casos de chikungunya do início do ano até a última segunda-feira (21). O número representa uma elevação na comparação com o mesmo período do ano passado, quando houve 22.100 notificações.
Os dados são da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, da Secretaria de Estado de Saúde.
Os dados são da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, da Secretaria de Estado de Saúde.
No município do Rio, o aumento também é significativo. Em dados atualizados no dia 20 pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), desde janeiro houve 11.392 casos, enquanto em todo o ano passado houve 10.693 registros.
A SMS informou que desde 2017 alerta sobre a possibilidade do aumento do número de casos de chikungunya no Rio, por causa do perfil epidemiológico da população.
“De todas as arboviroses que ocorrem no estado do Rio, a chikungunya – que teve os primeiros casos registrados na cidade em 2015 - é a de maior probabilidade de ocorrência, uma vez que é causada por um vírus com o qual a maioria da população ainda não teve contato. Isso faz com que grande parte da populkação esteja sem imunidade e suscetível à chikungunya”, destacou.
Conforme a SMS, o aumento do número de casos este ano ocorre justamente no período mais chuvoso e quente do ano. “Como já era esperado, devido à sazonalidade das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti”, pontuou.
Na visão do médico da Secretaria de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, ações simples e rotineiras da população são suficientes para o controle e apenas dez minutos por semana são suficientes para verificar possíveis focos do mosquito.
“A vistoria deve acontecer em caixas d’água, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo e bandejas de ar-condicionado. Com essas medidas de prevenção é possível evitar a proliferação do Aedes aegypti”, disse.
Entre as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti causador das doenças, a Secretaria de Saúde tem realizado ações como o Dia D para a verificação de locais, distribuição de material informativo, laboratório para a exposição ao público sobre as etapas de desenvolvimento do mosquito e orientação de como combatê-lo.
Além disso, tem feito vistorias com drones do Corpo de Bombeiros para auxiliar agentes de saúde na busca por focos do mosquito.
Houve também o lançamento da campanha Atitude contra o Mosquito, em diversos meios de comunicação, para alertar sobre os riscos das doenças e dar dicas de como eliminar os focos do vetor.
Outra medida foi a capacitação de mais de dois mil profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros, para melhorar o atendimento aos pacientes com sintomas em casos de arboviroses.
De acordo com a superintendência, técnicos da secretaria visitaram 36 municípios que apresentam maiores índices de focos do Aedes aegypti para avaliar, junto às secretarias municipais de saúde, os planos de contingência mais adequados para cada área. Os municípios receberam ainda larvicida e adulticida para combater o mosquito.
Agência Brasil
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