Foto:divulgação/Flamengo
A aprovação unânime do protocolo médico para a retomada de competições no futebol carioca,principal resultado do Conselho Arbitral de sábado promovido pela Federação, não encerra uma polêmica que pode levar o desfecho do Campeonato Estadual à Justiça. Embora tenham votado a favor do documento, Botafogo e Fluminense fizeram constar em ata que a retomada dos jogos, na visão dos dois clubes, só pode acontecer quando a curva epidemiológica estiver em queda.
Os dois clubes têm, repetidamente, dito que a questão que os separa dos demais participantes do Estadual não é o protocolo. Com os procedimentos médicos, ambos estão de acordo. A questão é a data do retorno. E a discordância pode causar uma polêmica.
A Federação pretende submeter o protocolo médico à autoridades estadual e municipal e, ao que tudo indica, obterá a aprovação do plano elaborado por uma comissão médica. Além disso, decretos das autoridades já permitem a realização de jogos no Rio de Janeiro. Assim, a ideia é convocar um novo Conselho Arbitral e marcar a retomada do Estadual, o que poderia acontecer em até 15 dias.
A partir daí a discordância pode criar um impasse, tornando-se uma discussão sobre interpretação de regulamentos. A Federação e os dez clubes favoráveis à volta imediata entendem que, como a pandemia representa um caso de força maior, há suporte no regulamento geral de competições da Ferj para que a decisão sobre mudanças de datas de jogos e alterações de pontos do regulamento seja feita a partir do voto da maioria. Fluminense e Botafogo, no entanto, defenderão a necessidade de unanimidade. Caso o Estadual tenha o seu reinício marcado e os dirigentes tricolores e alvinegros mantenham a decisão de não jogar enquanto o número de mortes no estado seguir elevado, é possível que a discussão vá aos tribunais.
Na visão da Federação, caso Fluminense e Botafogo se recusem a disputar as partidas que venham a ser marcadas após decisão do próximo Conselho Arbitral, estariam sujeitos a aplicação de WO e demais punições do regulamento. Já tricolores e alvinegros podem recorrer a decisões que lhes garantam o direito de não jogar enquanto não concordarem com a volta da competição.
Jornal Extra
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