Mais uma pessoa caiu no velho golpe do bilhete premiado em Itaperuna. A vítima da vez foi uma aposentada 71 anos, abordada na tarde desta quarta-feira (21), pelos estelionatários na Rua Coronel Luiz Ferraz, na área central da cidade. O primeiro deles – homem moreno, estatura mediana e com andar encurvado simulando ser alguém bastante humilde – disse ter ganhado R$ 2 milhões na loteria e precisava de ajuda para resgatar o valor, pela qual recompensaria a idosa com parte do prêmio.
Nisso aparece a outra golpista – mulher, loira, olhos azuis, bem vestida – que se apresentou com advogada – que também se ofereceu para ajudar e simulou uma ligação para Caixa Econômica Federal, onde disse ter conhecidos e pediu sigilo sobre o caso. Neste meio tempo, a “advogada” convenceu a idosa a sacar R$ 20 mil em sua conta bancária (Banco Santander), além de lhes entregar cerca de dez joias em ouro que estavam em casa, como prova de confiança, mas que devolveria depois da operação efetuada. Minutos depois, a dupla desapareceu sem deixar pistas e só ai, a vítima descobriu ter sido enganada e procurou a 143ª DP, que registrou. Em setembro, uma moradora de Natividade, que se encontrava em Itaperuna, caiu na mesma armadilha.
O GOLPE:
O golpe funciona com pequenas variações, mas quase sempre é assim: dois golpistas, o primeiro se mostra uma pessoa mais simples e o outro, alguém mais articulado e com boa verbalização. Juntos, eles criam uma história comovente. O golpista mais simples aborda a vítima na rua, pede algumas informações e diz que tem um bilhete premiado, mas que tem medo de ser enganado na hora de resgatar o prêmio ou que não tem os documentos necessários para tal.
Alguns dizem que têm ações na justiça que os impedem de receber o prêmio, e há outros que aplicam o golpe pela fé, alegando que sua religião não permite premiação de jogos, por exemplo. Nesse momento, entra em cena o segundo golpista dizendo que havia prestado atenção em toda a conversa. Há casos em que até simula uma ligação para um suposto conhecido na Caixa e confirma que o bilhete realmente está premiado.
Sugere à vítima que fique com o bilhete premiado para resgatar a fortuna, mas que ofereça ao comparsa algum bem ou valor em dinheiro, que sirva de garantia que ela, a vítima, não irá fugir com o bilhete e enganar o verdadeiro dono do prêmio, alguém mais “humilde”. O golpe se concretiza no momento em que a vítima entrega o dinheiro ou o bem aos bandidos. Se for preciso fazer um saque, certamente o banco estará próximo ao local, o que não será uma coincidência.
Somente quando for tentar resgatar o prêmio é que a pessoa se dará conta de ter sido vítima de uma armadilha. Os golpistas acompanham a rotina de suas vítimas. Sabem, inclusive, se estarão com dinheiro no momento da abordagem. Essa escolha raramente é ocasional.
Da redação da Rádio Natividade
Bem feito, pessoas que caem nesse golpe, só caem por são gananciosas, acham que são espertas, e que vão levar muita vantagem, não sinto pena desse tipo de pessoas.
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