Páginas

domingo, 11 de setembro de 2022

CASTRO ESCOLHE NOVO VICE E GAROTINHO É BARRADO PELO TRE

Novo vice
Desde que a Justiça Eleitoral barrou a candidatura do ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis (MDB) a vice na chapa do governador Cláudio Castro (PL), o União Brasil largou na frente dos bastidores para indicar um nome ao cobiçado posto. Nessa sexta-feira (09), partido e Castro definiram o deputado federal, ex-prefeito de Três Rios e ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Vinícius Farah (União), como informado pelo colunista Igor Gadelha, do site Metrópoles. Ele era candidato à reeleição e também tem no currículo uma prisão na operação Furna da Onça, em 2018, por suspeita de corrupção no Detran.
Protagonismo
A escolha tem grande importância nas composições políticas e, no caso do Rio de Janeiro, ganhou ainda mais protagonismo com o exemplo do próprio Cláudio Castro, eleito vice em 2018 e alçado ao comando do Palácio Guanabara após o impeachment do ex-governador Wilson Witzel (PMB). O União Brasil é o partido com maior fatia do fundo eleitoral e do tempo de propaganda na televisão. Mesmo antes de Washington Reis ter sido a primeira opção a compor a chapa ao Governo do Estado, a direção da agremiação já pressionava Castro de olho na vaga e agora ganha a queda de braço interna.
Witzel barrado
Por falar em Witzel, como era uma questão de tempo, o ex-governador teve sua candidatura ao Governo do Estado também barrada pelo TRE na última quinta (08), por unanimidade. O motivo, óbvio, foi o impeachment sofrido pelo ex-juiz federal em 2021 após acusações de corrupção na Saúde durante a pandemia de Covid-19. A decisão do Tribunal Misto – formado por deputados estaduais e desembargadores no Tribunal de Justiça – também determinava a proibição de ocupar qualquer cargo público pelo prazo de cinco anos. Ainda cabe recurso, mas o Regional também determinou a devolução ao seu partido de todo valor gasto na campanha até agora.
Garotinho também
Quem também foi “barrado no baile” das eleições foi o ex-governador e candidato a deputado federal Anthony Garotinho (União). O TRE entendeu que o político campista está inelegível, com base na Lei da Ficha Limpa, por causa da condenação em segunda instância por compra de votos com uso do programa Cheque Cidadão na eleição municipal de 2016. Também pesa contra Garotinho outra sentença de improbidade administrativa por desvios na Saúde quando sua esposa, Rosinha, era governadora, em 2006. Para os dois casos, ainda cabem recursos ao Tribunal Superior Eleitoral.
Chequinho
Garotinho chegou a argumentar que a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) havia anulado a condenação do ex-vereador Thiago Ferrugem na Chequinho por considerar que houve irregularidades na obtenção de provas durante as investigações. No entanto, a relatora do processo, desembargadora Kátia Junqueira, considerou que a decisão do STF era em relação a outro processo que não envolvia o ex-governador e se eles acatassem o pedido da defesa, estariam invadindo a competência da Suprema Corte. Ela foi seguida pela maioria dos colegas da Corte Regional.
Carla liberada
Dando continuidade aos julgamentos, o TRE, por unanimidade, descartou as denúncias de inelegibilidade que foram apresentadas e deferiu, ontem a candidatura de Carla Machado (PT), ex-prefeita de São João da Barra, ao cargo de deputada estadual. Uma das denúncias era assinada por um ex-aliado de Carla, o ex-prefeito Neco. Ele alegava que a candidata havia deixado o Executivo fora do prazo legal para desincompatibilização e que sua antecessora e sucessora no cargo se utilizou de eventos oficiais da prefeitura para obter promoção pessoal mesmo durante o período eleitoral, em abril deste ano.
Candidatura
Carla sustentou que tentou apresentar a renúncia ao presidente da Câmara, Elísio Rodrigues (PL), no sábado, 02 de abril – prazo final da desincompatibilização –, já que a Câmara, como de praxe, estava fechada. Não o encontrando, entregou o documento à vereadora Sônia Pereira (PP), vice-presidente da Casa. Na segunda-feira seguinte, 04 de abril, a comunicação da renúncia foi levada logo cedo para o protocolo do Legislativo. Os desembargadores consideraram que não houve irregularidade. Sobre o uso dos eventos da Prefeitura, a Procuradoria argumentou que existem outros meios para investigar eventual irregularidade.
Delegado preso
O ex-secretário de Polícia Civil e candidato a deputado federal Alan Turnowski (PL) foi preso, ontem, em uma ação do Ministério Público, suspeito de receber propina do jogo do bicho e de envolvimento em um plano para matar o bicheiro Rogério Andrade. Ex-diretor da Delegacia de Homicídios e candidato a deputado estadual, o delegado Antônio Ricardo também foi preso. Turnowski foi entrevistado no programa Folha no Ar, na Folha FM, em 15 de junho, onde reforçou o discurso contra a criminalidade. Turnowski era fervoroso defensor da operação da Polícia Civil no Jacarezinho, que terminou com 28 mortes, em 06 de maio de 2021.

Folha 1/Coluna Ponto Final

Nenhum comentário:

Postar um comentário