Com as potenciais candidaturas a prefeito de Campos em 2024, as nominatas a vereador também começam a ser montadas nos grupos políticos de Rodrigo Bacellar, Wladimir Garotinho e do PT goitacá do professor Jefferson Manhães de Azevedo, atual reitor do IFF (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)
Eleição a vereador de 2024
Na edição do último sábado (3), esta coluna tratou das potenciais candidaturas a prefeito de Campos nas eleições de 2024. Nas quais o detentor do cargo, Wladimir Garotinho (PP), e o professor Jefferson Manhães de Azevedo (PT), reitor do IFF, hoje parecem nomes sem volta. Enquanto outros, como o deputado federal Caio Vianna (PSD), o estadual Thiago Rangel (Podemos), o presidente da Câmara Municipal Marquinho Bacellar (SD) e o ex-prefeito Sérgio Mendes (Cidadania), dependem da conjuntura destes menos de 16 meses que separam o eleitor campista da urna. Mas e o pleito a vereador?
Os Bacellar (I)
Como as movimentações à eleição majoritária, as nominatas que disputarão as 25 cadeiras da Câmara de Campos, no pleito proporcional de 2 de outubro de 2024, também começam a ser montadas. Mas a arquitetura destas está diretamente assentada na definição das candidaturas à Prefeitura. Um exemplo prático? “Rodrigo (Bacellar, PL, presidente da Alerj) vai lançar ou apoiar candidato a prefeito, ou não? É isso que vai determinar o desenho e o tamanho das nominatas do nosso grupo”, revelou um seu aliado. Que é também um dos principais articuladores políticos dos Bacellar em Campos, além de nome forte do grupo a vereador.
Os Bacellar (II)
Se fixou a definição das candidaturas a vereador na decisão política de Rodrigo sobre prefeito de Campos, essa fonte dos Bacellar fez também uma ressalva à coluna: “Não tem nada 100% certo, mas as conversas (sobre as nominatas) estão bem adiantadas. E não é uma questão de siglas partidárias, mas dos componentes para cada sigla. Não adianta ficar esperando que venha tudo montado lá de cima”, advertiu. Sobre a decisão do presidente da Alerj para as eleições de Campos, bem como sobre as siglas em que seu grupo as disputará, também vai interferir o destino partidário de Rodrigo: se fica no PL ou se vai para o União.
Em SJB (I)
Outra fonte do grupo dos Bacellar adiantou que “tudo está bem encaminhado para Rodrigo no União”. O peso da decisão do presidente da Alerj não tem reflexos só sobre Campos. Em São João da Barra, por exemplo, embora haja a aliança dos Bacellar com o vereador Elísio (PL), é cada vez mais consensual que ele e o deputado estadual Bruno Dauaire (União), aliado de Wladimir, só teriam chance juntos contra a reeleição da prefeita Carla Caputi (sem partido). Feito por Elísio seu sucessor como presidente da Câmara de SJB, Alan de Grussaí (Cidadania) abriu ao Folha no Ar na última sexta (2): “Elísio pode compor também com a Carla Caputi”.
Em SJB (II)
A provar como as coisas são tão incertas quanto interligadas, na entrevista recente que concedeu à Folha FM 98,3, Alan também projetou: “Pode haver essa pacificação entre os Dauaire (com os Garotinho) e os Bacellar, que têm dois representantes muito fortes lá: o Franquis Arêas (PSC) e o Elísio. Eles podem, sim, se unir para concorrer com a atual prefeita, podem endurecer também”. O presidente do Legislativo sanjoanense também não deixou dúvida sobre a força do presidente da Alerj no município: “Rodrigo está em ascensão e, onde coloca a mão, sempre vem muito forte. Ele é muito bem avaliado em SJB também”.
Os Garotinho (I)
Em Campos, como a candidatura de Wladimir à reeleição é tão certa quanto a de Carla Caputi em SJB, a questão das nominatas parece mais definida aos Garotinho. O grupo hoje trabalha abrigar seus principais candidatos a vereador em, pelo menos, cinco legendas. Ao PP, novo partido do prefeito, iriam os quatro edis como ele eleitos em 2020 pelo PSD: Fábio Ribeiro, Álvaro Oliveira, Fred Rangel e, talvez, Kassiano. Assim como o vereador Bruno Pezão (atual PL). O PP também pode abrigar candidaturas de secretários municipais ao Legislativo. Como Wainer Teixeira (Administração), Paulo Hirano (Saúde) e Marcelo Feres (Educação).
Os Garotinho (II)
No Agir, seriam candidatos à reeleição os vereadores governistas Juninho Virgílio (União), Dr. Edson (Pros) e, talvez, Marcos Elias (PSC). O PDT manteria Leon Gomes e receberia Cabo Alonsimar (Podemos). O MDB manteria Silvinho e abrigaria Marcione, hoje, União. Sobretudo se a legenda, também atual de Nildo Cardoso, receber Rodrigo Bacellar. Nildo e Abdu Neme (Avante) esperariam a definição das legendas de apoio à tentativa de reeleição de Wladimir. Que tem feito o dever de casa, ao tentar atrair o Republicanos. Para tirá-lo de Thiago Rangel em uma candidatura a prefeito e isolar o líder da oposição na Câmara, Anderson de Matos.
O PT de Campos
Noves fora os dois maiores grupos políticos da cidade, o PT tem na provável candidatura a prefeito de Jefferson Azevedo o maior trunfo ao seu principal objetivo eleitoral na Campos de 2024: reconquistar uma cadeira na Câmara. Ex-ocupante desse assento, a professora Odisséia Carvalho, presidente do partido na cidade, deve disputá-lo mais uma vez. Ela ocuparia o espaço vago do petroleiro José Maria Rangel. Bem votado a vereador em 2020, ele não se elegeu. E ascendeu na Petrobras com o governo Lula. Segundo colocado do PT no último pleito legislativo do município, Gilberto Gomes é outro nome com bom potencial eleitoral.
Folha da Manhã
Nenhum comentário:
Postar um comentário