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(Foto: Divulgação Família) |
Há quase três meses a família de Diullyane Nascimento Gonçalves, em Iúna, na região do Caparaó, vive um drama. A adolescente de 15 anos desapareceu de casa e não foi mais vista. A polícia investiga o caso, mas até o momento não há pistas que levem ao paradeiro da garota.
O desaparecimento aconteceu no dia 14 de fevereiro, por volta das 19h. Era um domingo, horário de verão, e a rua estava clara. Uma voz de mulher chamou pela adolescente, que estava em casa. Quem ouviu foi o cuidador do pai da jovem, que é acamado. Diullyane foi atender e, desde então, não há mais notícias sobre o paradeiro dela.
Segundo a mãe da adolescente, Irani Nascimento dos Santos, a filha saiu com a roupa do corpo, sem documentos e nem telefone celular. “Naquele dia, antes das 7h da noite, tomei um remédio para dormir. Quando acordei era 9h e não vi mais ela. É muito difícil, pois todas as coisas que olho na minha vida eu vejo ela”, conta a mãe emocionada.
Três dias antes do desaparecimento, durante o carnaval, a adolescente se envolveu em uma briga. Segundo a irmã, Glegiane Nascimento, a jovem chegou a ser ameaçada. “Uma pessoa entrou em contato comigo e conversamos. Levei a informação até a Polícia Civil. A pessoa contou algumas coisas para a polícia e o caso está sendo averiguado”.
Em casa, o material escolar escolhido por ela com carinho é guardado pela família. Diullyane Nascimento Gonçalves iria dar início ao período letivo, no ensino médio, no dia seguinte ao desaparecimento. O desejo dela é ser médica.
“É uma menina querida, de família. Gostava de estudar, é dedicada a mim e não ia fazer isso comigo. Muitos querem me fazer acreditar que sumiu, mas uma mãe conhecem os filhos e ela não ia fazer isso. Não quero problema com ninguém, só quero a minha filha de volta”, comenta a mãe.
Família chegou a pagar para ter informação
A jovem completou 15 anos na semana em que desapareceu. Segundo o delegado de Iúna, José Augusto Militão, o caso segue sob investigação. “O caso é intrigante e ainda não temos nada de concreto. Estamos seguindo pistas que aparecem. Sobre a briga, ouvimos exaustivamente as partes e não encontramos ligação com o desaparecimento”, comentou.
O delegado contou ainda que, durante as investigações, um homem entrou em contato com a família pedindo dinheiro em troca de informações. “Ele foi ouvido e responderá por estelionato. Mesmo sendo orientada a não dar nenhum dinheiro, a família da moça pagou cerca de R$ 500,00 ao homem. Ele é de Minas Gerais e não é a primeira vez que faz isso com famílias de desaparecidos”, comentou.
Qualquer informação sobre o paradeiro da jovem pode ser comunicada à polícia pelo Disque-Denúncia 181. Não é preciso se identificar.
Gazeta Online