O prefeito Roberto Tatu se reuniu na manhã do dia 20 de setembro, com o consagrado escultor carioca Valdieri Martin, radicado em Cachoeiro de Itapemirim (ES).
Ele esteve acompanhado do Secretário de Cultura, Turismo e Urbanismo José Geraldo.
Na oportunidade, o artista apresentou o projeto em homenagem aos 12 instituidores de Bom Jesus do Itabapoana, a ser fixado na Praça Amaral Peixoto, a praça da rodoviária. Esse projeto havia sido idealizado por Padre Mello em 1942, quando sonhava comemorar os 100 anos do início de nossa colonização.
Por ocasião da comemoração do primeiro centenário de nosso município, que ocorreria em 1942, Padre Mello levou a efeito um árduo trabalho de investigação histórica intitulado "Os primórdios de Bom Jesus".
Padre Mello pôde contar o início da formação de Bom Jesus do Itabapoana, porque entrevistou três antigos moradores de nosso município, que gozavam de credibilidade: Antônio Teixeira de Siqueira, Antônio Santos Lisboa e Manoel Pinto de Figueiredo. Além disso, ele percebeu que o relato do trio possuía harmonia das narrações "nos tópicos essenciais". Foi assim, que podemos saber, hoje, que Antônio José da Silva Neném, oriundo da cidade mineira de Rio Novo, por aqui esteve desbravando nossas terras por volta de 1842, com mais duas famílias.
As três primeiras moradias de Bom Jesus do Itabapoana foram erguidas assim: uma, de Antonio José da Silva Neném, próxima ao rio Itabapoana, na região conhecida como Porto das Pedras; outra, do português Manoel Gomes Alves, foi edificada no Alto da Santa Rita, onde está situado hoje o Espaço Cultural Luciano Bastos, e onde funcionou o Colégio Rio Branco por 90 anos; a terceira, de Manoel da Silva Fernandes, conhecido como Silva Monarca, localizada no sobrado onde funcionou a Farmácia Normal, ao lado da residência de Pedro Gonçalves da Silva Júnior, ainda existente, na Praça Governador Portela.
Em 1857, Francisco José da Silva Neném, filho de Antônio José da Silva Neném, esteve em Bom Jesus, cuja família havia se mudado para Piúma (ES), e vendeu os terrenos de seu pai, já falecido.
Foram 12 os que compraram os terrenos e formaram o Patrimônio de São Bom Jesus.
São eles: Francisco Furtado Costa, do Barro Branco, José Rodrigues Costa, da Soledade, João da Costa Soares, da Cristalina, João Ignácio da Silva, da Barra do Sacramento, Antônio Teixeira de Siqueira, Francisco Teixeira de Siqueira e José Teixeira de Siqueira, da Barra do Pirapetinga, Francisco José Borges, do Córrego do Leite, José Carlos de Campos, da Fortaleza, Jacob Furtado de Mendonça, da Fazenda São João Batista, Manoel Furtado e Alferes Silva Pinto.
A homenagem idealizada por Padre Mello nunca foi, contudo, concretizada.
O prefeito Roberto Tatu aprovou o projeto, que demandará poucos recursos, e deve ser implementado em breve. Além de resgatar nossa história, a obra irá revitalizar a tradicional praça do Alto da Santa Rita.
O Norte Fluminense