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terça-feira, 18 de agosto de 2015

VEREADORES PEDEM SAÍDA DE PADRE QUE SUGERIU REDUÇÃO DE SALÁRIOS

Moradores lotaram sessão desta segunda-feira em Mauá da Serra (Foto: Wilson Kirche/RPC)

Os vereadores de Mauá da Serra, no norte do Paraná, querem que um padre que pediu a redução de salários deles, durante uma missa, deixe a cidade. Incomodados, eles foram se queixar ao bispo, com quem marcaram uma audiência. 
"Como líder, sacerdote e pároco, eu tenho que estar junto do povo lutando para o bem comum", comenta o pároco. Ele diz defender salários abaixo de R$ 1 mil como ocorreu em Santo Antonio da Platina, na mesma região do Estado. 
Eu falei: 'Olha, uma notícia boa que temos aqui: em Santo Antônio da Platina, os vereadores aderiram para R$ 970, abaixo de R$ 1 mil'", relembra o religioso. 
Atualmente, os nove parlamentares do município ganham R$ 3.015 para participar de quatro sessões por mês - R$ 753 por sessão, em média. O vereador Márcio Dias de Oliveira (PSDB) afirma que é um valor justo. Ele admite que usa parte do dinheiro que recebe para "ajudar" quem votou nele. 
VEREADORES DESISTEM DE PEDIR A SAÍDA DO PADRE 
Os vereadores de Mauá da Serra, no norte do Paraná, desistiram nesta segunda-feira (17) de pedir a saída do padre da cidade, após o sacerdote dizer em uma missa que os parlamentares recebiam salários muito altos. No município, os atuais vereadores recebem salários de R$ 3 mil, mas se reúnem apenas uma vez por semana na Câmara, para votar projetos de interesse da sociedade. 
Na sessão desta segunda (17/08), os vereadores resolveram cancelar uma audiência que teriam com o bispo, para falar sobre a atuação política do padre Porto de Jesus. A iniciativa foi motivada, em muito, pela pressão popular, que resolveu abraçar a causa do padre. Para o religioso, os parlamentares deveriam receber salários abaixo de R$ 1 mil. Com a Casa cheia durante a sessão, os parlamentares apresentaram um projeto de lei para reduzir os subsídios que a próxima legislatura vai receber. De acordo com a proposta, os salários atuais seriam reduzidos de R$ 3 mil para R$ 820. Já o projeto de lei deve ser analisado pelas comissões da Câmara, antes de seguir para a votação no Plenário. 

G1

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