O Ministério Público (MPES) denuncia doze suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção da Câmara Municipal de Muqui, no Sul do Espírito Santo, nesta sexta-feira (21). Entre os indiciados estão dois vereadores do município.A operação "Expresso Cacique" foi deflagrada em julho e investiga vereadores e ex-vereadores por possíveis irregularidades no uso de diárias e no abastecimento de veículos particulares.
Ela também analisa possíveis irregularidades em um contrato com uma empresa que transmitia e gravava as sessões da Casa entre 2011 e 2014.
O MPES entrou com uma ação de improbidade administrativa pedindo o ressarcimento aos cofres públicos pelos acusados e bloqueio dos bens em nome dos envolvidos. Uma ação criminal também foi proposta.
A denúncia deve ser acatada ou rejeitada em 15 dias.
Operação investiga uso irregular de dinheiro público
A partir de uma denúncia feita em 2014, o MPES passou a investigar o descontrole nos gastos de diárias e da cota mensal da Casa utilizada para o abastecimento de veículos particulares dos vereadores.
O Ministério Público também investiga o contrato de uma empresa responsável em transmitir sessões da Câmara de 2011 a 2014. O órgão acredita que era realizada uma manobra para desvio de dinheiro envolvendo a empresa.
A empresa, com endereço em Vila Velha, recebia em média R$ 107 mil, por meio de um contrato que previa a gravação das sessões da Câmara, edição e transmissão. Entretanto, a empresa não fornecia equipamento e funcionários para realizar a atividade.
Além disso, a Câmara pagava por contas de duas linhas telefônicas de outras pessoas, que não trabalhavam na Casa. Se forem comprovadas as irregularidades, os envolvidos terão que devolver todo o dinheiro desviado.
A Câmara Municipal de Muqui foi procurada nesta sexta, mas informou que o expediente já havia encerrado e ninguém poderia falar com a reportagem.
Rômulo Muri/Do M1
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