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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

GOLPE DE R$ 33 MIL EM CAIXA AQUI DE GUAÇUÍ

IMAGEM MERAMENTE ILUSTRATIVA
A SUSPEITA É QUE UM DOS TELEFONES ESTAVAM GRAMPEADOS. NO TOTAL, FORAM REALIZADAS 21 TRANSFERÊNCIAS

Um agente Caixa Aqui, no bairro São Miguel, em Guaçuí, sofreu um golpe de estelionato. O caso aconteceu na quinta-feira, mas só ontem a dona do estabelecimento onde o Caixa Aqui funciona, Suelli Moreira de Assis Oliveira, procurou o jornal para contar que recebeu uma ligação do estelionatário, se passando por funcionário da Caixa Econômica Federal, dizendo que precisava atualizar o sistema. Após todo o procedimento, o filho de Sueli constatou que R$ 33.208,17 foram transferidos das contas dela e de sua empresa para contas desconhecidas.
Sueli Oliveira e seu marido são proprietários de um bar, no bairro São Miguel. Há dois anos, ela resolveu concordar em ter uma agência do Caixa Aqui em seu estabelecimento, porque a filha estava desempregada e precisava pagar a faculdade. Agora, quem estava trabalhando no sistema era a própria Sueli. Ela conta que não tem muito conhecimento em informática e foi orientada pela agência da Caixa Econômica Federal de Guaçuí que não era para realizar nenhuma transação por telefone. Apenas poderiam ser feita ligações para a agência ou para o teleatendimento 0800 do banco e, assim, fazer o que ela precisasse.
A dona do bar seguiu esta orientação, quando recebeu a ligação do suposto funcionário da Caixa, que se apresentou por Daniel. Sueli disse que ele entrou em contato, dizendo que precisava atualizar o sistema do Caixa Aqui e Sueli falou que, por telefone, não fazia nada. O falso funcionário, então, confirmou que ela poderia ligar para a agência de Guaçuí e realizar o procedimento. Sueli fez a ligação para o número que estava acostumada a ligar e o próprio suposto Daniel atendeu. “Ele me orientou sobre tudo o que deveria ser feito no computador e visualizava tudo da tela de onde estava. Pediu, também, que a impressora fosse desligada”, contou ela. O golpista explicou que todas as transferências que estavam sendo feitas eram para contas fictícias e, após o reinício do computador, tudo estaria como antes.
Sueli passou mais de uma hora no telefone, fez 21 transferências para contas diferentes, em valores aproximados de R$ 1.500,00 (máximo permitido), no total, somando, o valor que chegou a R$ 33.208,17. Após o término das transações, a ligação foi encerrada e Sueli reiniciou o computador, porém, percebeu que todas as retiradas em suas contas permaneceram. Ela, então, imediatamente foi para o banco conversar com os funcionários que ainda poderiam estar lá para tentar uma solução.
Sueli se encontrou com quatro funcionários, sendo que um deles era o gerente. Ela relata que a retirada de uma de suas contas foi bloqueada e foram feitas tentativas de rastreamento, para saber de onde era a agência. Enquanto isso, o filho dela voltou em sua casa, ligou o computador e impressora, que imprimiu todos os comprovantes de transferência.
Sueli e o filho, Vitor, no dia seguinte, foram à Delegacia de Guaçuí registrar a ocorrência. O delegado José Maria Simão informou que esta situação é de abrangência federal, portanto, o BO foi encaminhado para Vitória, na Delegacia de Defraudações.
Após o golpe, Sueli foi orientada pelo Banco Central, com quem também teve que entrar em contato, a manter o computador desligado. Ela espera que o equipamento seja periciado e que o crime não seja impune, pois não acha justo pagar uma conta nesse valor sem ter culpa.
A assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal informou que está contribuindo integralmente com as investigações das autoridades competentes.

AQUIES/Silvia Martins

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