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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

JOVEM DIZ TER SIDO ESTUPRADA E MATA AGRESSOR


Foto/Ricardo Medeiros.
A dona de casa, de 19 anos, tinha ido comprar uma arma com o acusado para se defender do ex-namorado.
“Bom dia. Eu vim aqui porque matei uma pessoa”. Foram com essas palavras que uma dona de casa, de 19 anos, se entregou à polícia depois de assassinar o pedreiro Francisco de Assis Ferreira Campos, 47. Ela diz que agiu por defesa após ser estuprada e espancada pela vítima.
Segundo a dona de casa, ela e Francisco se conheceram há um ano, na mesma época, que ela começou a namorar um rapaz. O namoro durou oito meses e terminou por ele ser muito ciumento. Desde então, ela estaria sendo ameaçada. Com medo, ela diz que decidiu comprar uma arma para se defender e lembrou que Francisco tinha um revólver calibre 32.
“Ele me cobrou R$ 200 de entrada. Fui à casa dele, em Areinha, em Viana, no domingo (20), às 20h30 e ele me ofereceu R$ 100 para transar comigo. Neguei e perguntei pela arma”.
Segundo a jovem, Francisco disse que as cápsulas estavam enterradas em um buraco no quintal e pediu para a dona de casa desenterrá-las. “O buraco era uma cova de uns quatro metros. Eu comecei a cavar e não encontrei as balas. Foi quando ele entrou na cova, pegou uma corda, que estava amarrada a uma árvore ao lado do buraco e me enforcou por trás. Consegui passar a corda pelo rosto e me soltei”.
A jovem conta que entrou em luta corporal com o pedreiro e deu dois chutes nas partes íntimas dele, o fazendo cair no chão. Então, ela usou a corda para escalar e sair da cova. “Ele saiu também e continuou me enforcando com as mãos. Dei dois chutes nas partes íntimas dele e corri para dentro da casa para pegar minha bolsa. Ele foi atrás, trancou a casa, pegou a arma no armário e apontou para minha cabeça, exigindo que eu tirasse a roupa”. A jovem disse que relutou, mas foi ameaçada e e acabou sendo abusada.
“Depois de tudo, ele disse que não ia me deixar ir embora porque eu iria contar para todo mundo. Ali eu já sabia que ele ia me matar. O celular dele tocou e ele se distraiu, deixando a chave em cima da cama. Eu peguei a arma, apontei para ele e exigi que me deixasse sair.”
A dona de casa conta que Francisco pegou um martelo e foi para cima dela. “Eu atirei seis vezes. Ele caiu, levantou e veio pra cima de mim de novo. Empurrei ele na cama, peguei o martelo e bati várias vezes na cabeça dele. Mesmo fraco ele tentava levantar. Aí eu o esfaqueei no peito e no pescoço. Só aí ele parou. Tomei banho, fui para casa e contei tudo a minha mãe”, contou a jovem.
Na manhã seguinte, a jovem procurou à delegacia. Por ser réu primária, ela vai aguardar a conclusão da investigação em liberdade, de acordo com delegado titular da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Viana, Arthur Bogoni. 

A Gazeta

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