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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

CNBB LANÇA CAMPANHA DA FRATERNIDADE COM ALERTA SOBRE A ZIKA

Entidades lançam Campanha da Fraternidade de 2016 (Foto: Carolina Cruz/G1)
Entidades lançam Campanha da Fraternidade de 2016 ( Foto: Carolina Cruz/G1)
A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), lançaram nesta quarta-feira (10), em Brasília, a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016, intitulada “Casa Comum, nossa responsabilidade”.
O foco da campanha deste ano é o saneamento básico. De acordo com as entidades, o saneamento básico já era um tema previsto para a campanha há dois anos, mas se tornou ainda mais urgente em 2016. As entidades ressaltam que o tema também serve como alerta para o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da zika, da dengue e a febre chikungunya.
Segundo o presidente da CNBB, Dom Sergio da Rocha, as entidades estão preocupadas com a “ameaça” do vírus às famílias brasileiras.
“Infelizmente a nossa casa comum está sendo hoje assolada pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças, e a nossa família comum está sofrendo e morrendo por causa das enfermidades transmitidas por ele. E a falta de saneamento básico tem contribuído para a proliferação dos mosquitos”, afirmou Dom Sergio.
O ministro das cidades, Gilberto Kassab, também participou da cerimônia de lançamento da campanha e afirmou que o Brasil ainda precisa avançar nas políticas públicas de saneamento básico. Para ele, há uma relação "muito forte" entre a ausência do tratamento sanitário adequado e proliferação do mosquito.
Aborto
O presidente da CNBB, Dom Sergio, foi questionado por jornalistas sobre os casos de aborto de bebês após o diagnóstico de microcefalia relacionada ao vírus da zika. Para o presidente, o aborto não deve ser visto como alternativa para o problema.
“O aborto não é a resposta para o vírus zika. Nós precisamos valorizar a vida em qualquer situação e qualquer condição que ela esteja. Menor qualidade de vida não significa menor direito a viver, com menos dignidade humana”, afirmou.
Dom Sergio afirmou ainda que as entidades contam com o governo para combater a ameaça do vírus. “Temos a necessidade de um trabalho sério e continuado do poder público. Não se pode apenas colocar esse assunto em pauta em um momento de emergência”, afirmou.

G1

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