O secretário estadual de Assistência Social, Rodrigo Coelho, assinou nesta terça-feira (23) a ficha de filiação para o PDT. Licenciado do cargo de deputado estadual, ele tentava se desfiliar do PT sem perder o mandato desde dezembro, por meio de um processo no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) alegando justa causa por desvio do programa partidário.
Como o julgamento ainda não foi concluído, Coelho decidiu utilizar a emenda constitucional que abriu a "janela partidária", promulgada no último dia 18 pelo Congresso Nacional. Por meio da emenda, deputados podem mudar de legenda nesses 30 dias após a promulgação, mas sem levar suas cotas de tempo de TV e de fundo partidário.
"Anexei a emenda constitucional ao processo no TRE, e ele se torna sem objeto. Também levei em consideração que não recebi nenhum voto desfavorável ao meu pedido no TRE. Quatro juízes já se manifestaram, sendo um favorável à minha desfiliação e três solicitaram a produção de provas pelo PT. Agora a gente resolve isso e segue a vida", explicou.
A ida de Rodrigo Coelho para a legenda já era esperada, pois ao sair da Assembleia Legislativa, ele permitiu a entrada de Luiz Durão (PDT), como seu suplente e no Executivo, ele assumiu uma pasta também comandada por uma pedetista, Sueli Vidigal. Ele admite que há importância em manter o espaço do partido no governo.
"O convite para assumir a cadeira no Estado já tinha sido feito quando eu nem avaliava a saída do PT, levando mais em consideração a entrada do Luiz Durão na Assembleia. Mas quando iniciei a conversa de desfiliação houve um peso. Escolhi o PDT porque as bandeiras que defendo estão contidas no programa partidário", ressaltou.
Segundo ele, o partido ainda não bateu o martelo sobre as pretensões para as eleições municipais deste ano, na qual o nome dele é cotado para a prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim.
"Ainda não há um plano específico, estamos chegando no partido e vamos conversar. Tive uma acolhida muito carinhosa. O foco está no trabalho na secretaria", afirmou.
A Gazeta
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