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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

DEPUTADO INSINUA QUE COLEGAS LEVARAM “DINHEIRO” PARA APROVAR PROJETOS NA ALERJ

O presidente da Alerj, Jorge Picciani, precisou intervir
Presidente da Alerj Jorge Picciani precisou intervir/Divulgação
Os privilégios das isenções tributárias concedidas pelo governo estadual a grandes empresas, que já acarretaram prejuízos de R$ 35 bilhões ao tesouro fluminense, gerou um bate-boca dos mais constrangedores na Assembléia Legislativa (Alerj), numa das primeiras sessões do ano após o retorno do recesso parlamentar.
Tudo começou com uma longa discussão para acelerar a tramitação do projeto que autoriza o governo estadual a pegar um empréstimo de R$ 1 bilhão, junto ao Banco do Brasil para reduzir o rombo nas contas do RioPrevidência. A matéria foi aprovada pela maioria governista.
Ainda na fase de debates, o clima esquentou no plenário quando os deputados Flávio Serafini (Psol) e Átila Nunes (PSL) protagonizaram um ríspido, intenso e prolongado bate-boca. Átila interpelou Serafini, que acusava o governo de conceder isenções fiscais bilionárias à Cervejaria Petrópolis e afirmou ainda que pelo menos seis deputados governistas receberam dinheiro da empresa para suas campanhas.
“O senhor é irresponsável e covarde ao acusar seus colegas dessa forma leviana. Dê os nomes dos que receberam dinheiro. Um covarde, isso que você é. Covarde… Covarde… Dê os nomes… Deixe de ser covarde e dê os nomes. Não admito que parlamentares sejam acusados de trocas votos por doação de campanha!”, disparou Átila, esbaforido e apontando para Serafini, de dedo em riste.
Depois de acusar o governo e deputados de manterem relações nebulosas com a cervejaria beneficiada, Serafini ponderou que as informações sobre doações para financiamento de campanha estão à disposição da população, através da internet. “Basta uma consulta no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, sugeriu.
No fim, o presidente da Alerj, Jorge Picciani, precisou intervir para acalmar os ânimos. “Devo lembrar aos deputados que as doações de empresas foram legais e que essas informações são públicas”, arrematou.
Nas últimas eleições, a cervejaria doou ao PMDB um total de R$ 12,8 milhões. Segundo conferiu Serafini, foram doados R$ 6,6 milhões para o comitê financeiro único do PMDB-RJ; mais R$ 4,2 milhões para a direção estadual do PMDB-RJ; e R$ 2 milhões para a direção nacional do partido, que repassou ao PMDB-RJ.

Campos 24 Horas

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