O que seria uma obra para trazer mais saúde e qualidade de vida para os moradores de São José do Calçado acabou se tornando um potencial ponto para focos de Aedes aegypti. Essa é a realidade da Estação de Tratamento de Esgoto, o popular “penicão”, que começou a ser construída no ano de 1997 e até hoje não foi concluída.
A obra é um convênio com recursos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e Cesan e está abandonada há quase 20 anos.
A denúncia é do morador calçadense Marcos Furtado, de 34 anos, que utilizou o nosso canal do leitor e enviou umvídeo via whatsapp para denunciar o abandono do local. “Isso é um descaso com o dinheiro público. Essa obra está parada há anos. Aonde o dinheiro investido foi parar?”, questiona Furtado.
Nas imagens é possível ver animais circulando pelo local, a estrutura deteriorada e muita água parada. O alerta do morador também é para possíveis focos de Aedes aegypti no local. A cidade de São José do Calçado é uma das que mais vem registrando incidência de dengue no Estado.
De acordo com boletim divulgado nesta quinta-feira (18), pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o município está em terceiro lugar com 2.025 em casos número índice. A cidade também tem um caso de zika confirmado segundo os dados da Sesa.
Em resposta à denúncia do local ser um criadouro de mosquitos, o coordenador ambiental da prefeitura de São José do Calçado, Carlos Fernando, disse que por ter assumido a coordenadoria no último dia 15, ainda está tomando ciência da situação. Porém afirmou que o local faz parte dos pontos estratégicos que recebem visitas quinzenais dos agentes de endemias. “De acordo com as condições climáticas, como o aumento de chuvas, por exemplo, a visita dos agentes é intensificada”, explicou.
Sobre a obra da ETE que se arrasta há anos, o secretário municipal de obras, Admilson Pimentel disse que a mesma foi iniciada em administrações passadas e que neste ano a prefeitura fará a conclusão. “Na próxima segunda-feira vamos protocolar o pedido de abertura de licitação da empresa que vai retomar as obras”, explicou o secretário.
E enquanto isso não acontece, os esgotos residenciais de toda a cidade continuam sendo lançados sem nenhum tipo de tratamento no rio que corta a cidade. “O mau cheiro é insuportável na cidade, principalmente em dias quentes”, reclamou o morador.
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