Em espaço na própria casa, esteticista fatura com a febre de se bronzear com biquínis feitos com fita isolante
A figura de um sol tatuado na nuca já dá indícios de que o astro rei é presença fundamental na vida de Gleice Oliveira Madeira, 30. Basta que o dia esteja quente para que a esteticista coloque em prática o seu maior talento: o de transformar fitas isolantes nos mais diversos tipos de biquínis para dar às mulheres a marquinha e o bronze natural tão desejados.
Há um ano e oito meses, Gleice decidiu fazer do gosto pela pele amorenada um ofício rentável. Em Rondônia - onde morava até o início deste ano -, ela aprendeu tanto a técnica de confecção dos biquínis, quanto a de bronzeamento. Com o marido desempregado e quatro filhos para sustentar, ela se mudou para o Espírito Santo em busca de espaço no mercado para engatilhar seu novo negócio.
E tem dado muito certo. De março para cá, o espaço montado nos fundos da casa de Gleice, em Feu Rosa, na Serra, já recebeu cerca de 150 clientes de diferentes partes do Estado, que já garantiram sua “marquinha perfeita”, como a própria Gleice define.
“O segredo é começar cedo”, entrega Gleice sobre a técnica que tem feito sucesso em outras partes do país, como no Rio de Janeiro, onde a esteticista Érika Bronze tem atraído muitas mulheres para sua laje, no subúrbio carioca de Realengo.
Cuidados
Para evitar descamação e lesões na pele, Gleice explica que o bronzeamento só pode acontecer das 7 às 11h30, e os produtos - que ela faz questão de dizer que são testados dermatologicamente - são escolhidos de acordo com a pele de cada pessoa. Após a confecção dos biquínis, as clientes iniciam o processo de exposição ao sol ao longo de duas horas, mudando de posição a cada 15 minutos.
Para finalizar, mais 30 minutos são necessários para dourar os pelos, esfoliar e hidratar a pele. Cada sessão custa R$ 80. Mas quem gostar do resultado pode optar por um pacote de três sessões por R$ 170. “A marca pode durar de 2 a 4 meses”, garante Gleice.
Para ela, mais do que uma pele bronzeada, as mulheres buscam também autoestima. “Tenho clientes que saem daqui felizes da vida.” O próximo passo é ampliar o negócio. Para isso, Gleice já prepara sua mudança para o Bairro de Fátima, onde pretende atrair ainda mais clientes. “Podem me aguardar. Em janeiro, estarei lá”, dá o recado.
Gazeta Online
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