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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

ROSINHA CRITICA PF, MPE E JUSTIÇA


Foto: Folha da Manhã
A prefeita Rosinha Garotinho (PR) utilizou, nessa terça-feira (1), os microfones da rádio Diário e partiu para o ataque protestando contra as ações da Justiça Eleitoral, Ministério Público Estadual e Polícia Federal. Ela afirmou que existe um complô contra seu grupo político: “Não estamos sendo acusados de corrupção, como outros governos no passado. Estamos sendo acusados de distribuir um programa social, de alimentar e matar a fome das pessoas mais carentes”, disse, demonstrando estar bastante irritada.
Rosinha listou possíveis fatos que motivariam membros do MPE, PF e Justiça a agirem “contra eles” e garantiu que está sendo vítima de uma injustiça.
O desabafo da prefeita ocorreu um dia depois de sua fiel escudeira, ex-assessora particular e vereadora eleita Linda Mara Silva (PTC) ser presa pela Polícia Federal em Copacabana, Rio de Janeiro. Linda Mara estava foragida desde o dia 26, quando ocorreu mais uma etapa da operação Chequinho. Contra ela foi expedido um mandado de prisão temporária – por cinco dias, podendo ser prorrogada por mais cinco.
A prefeita chegou a orientar pessoas que sejam levadas para interrogatório pela Polícia Federal que gravem seus depoimentos com os celulares: “É direito de vocês. Gravem para depois não ficar nesse disse me disse ou colocarem coisas que vocês não disseram nos depoimentos”, afirmou.
Ela voltou a afirmar que as testemunhas estão sendo coagidas em seus depoimentos à PF e citou o caso de uma testemunha, que havia falado à Polícia Federal, depois gravou um áudio enviado ao marido de Rosinha, Garotinho, que foi amplamente divulgado por ele. Depois, ela voltou a ser interrogada e recuou no que tinha dito no áudio.
Lembre o caso – Segundo a testemunha, ela mentiu no áudio e que decidira falar a verdade após pensar em um parente. Ela relatou ter sido procurada por um assessor da Câmara, que teria dito que muitas pessoas estavam com raiva dela por Ozéias ter sido preso.
Ainda segundo o depoimento, Nalto, que seria conhecido como Neto, havia proposto que ela gravasse um áudio dizendo que havia sido coagida pela PF: “Vamos gravar esse áudio pra você ficar bem, pra você não sair do serviço”, teria dito Neto.
Ela relata que entendeu que, se não gravasse, seria exonerada do cargo de unidade básica de Saúde. Neto teria afirmado, ainda, que o áudio seria enviado para Garotinho, mas ele não disse se teria sido a mando de Garotinho ou Ozéias. Ainda como contou no depoimento, ela não queria gravar, mas, diante da insistência de Neto, teria aceitado. O assessor a teria instruído sobre o que dizer no áudio do Whatsapp, que chegou a ser gravado duas vezes, porque a primeira não teria ficado direito.
A testemunha ainda revelou que estava chorando muito na primeira gravação por temer pela vida de parentes próximos: “Ainda assim, Neto repetiu todo processo para uma gravação, que foi essa segunda gravação que foi divulgada na rádio” – fazendo referência à gravação divulgada pelo secretário de Governo para desqualificar as ações da PF.

Suzy Monteiro/ Folha da Manhã

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