Foto:Mônica Imbuzeiro/Agência O Globo
O estado do Rio fechou 2017 batendo um recorde negativo de 40 mortes violentas para cada 100 mil habitantes, segundo dados do Instituto de Segurança Pública. No total, foram mortas 6.731 pessoas nos 12 meses do ano passado, número que supera em 7,4% os 6.262 casos de 2016. A última vez em que a taxa por 100 mil habitantes foi superior a 40 foi em 2009, quando foram assassinadas 7.106 pessoas, ou uma taxa de 44,9 mortes por 100 mil habitantes.
A taxa é calculada a partir do somatório de homicídios dolosos, mortes decorrentes de intervenção policial (autos de resistência), latrocínios (roubo seguido de morte) e lesão corporal seguida de morte. Os homicídios dolosos subiram 5,7%, de 5.042 em 2016 para 5.332 em 2017. Os chamados autos de resistência foram os responsáveis por puxar para cima o indicador de homicídios: houve aumento de 21,5% em um ano. Em 2016, a polícia foi responsável por 925 mortes. Já em 2017, foram 1.124 casos do tipo.
No caso dos latrocínios, foram dois casos a menos que em 2016, quando foram registradas 239 ocorrências do tipo. Também houve queda nas lesões corporais seguidas de morte: foram 56 casos em 2016 contra 38 em 2017.
Outros indicadores da violência no estado também apresentaram crescimento expressivo. Houve alta de 30,3% nos roubos de veículos, que subiram de 41.696 para 54.367. Os roubos de carros são considerados um dos indicadores mais confiáveis para medir o aumento da insegurança na população, por ter baixa subnotificação de casos.
Sem o impacto de grandes eventos como os Jogos Olímpicos, os roubos de rua caíram 8,3%. Em 2016, foram 93.818 casos no estado, enquanto em 2017 foram 86.028.
No geral, porém, os roubos apresentaram alta de 10,3%. Em 2016, as delegacias registraram 208.781 roubos de todos os tipos. Já em 2017, os registros somaram 230.450 casos.
O Globo
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